O empresário André Maggi, filho do senador Blairo Maggi, afirmou que os cheques apreendidos durante a Operação Sodoma, supostamente provenientes de propina paga ao ex-secretário Pedro Nadaf, foram depositados em sua conta-corrente como pagamento de uma parcela da venda de um terreno na Avenida Beira Rio, em Cuiabá.
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Pelo menos quatro cheques de R$ 4,7 mil, totalizando R$ 19,1 mil, foram depositados na conta de André Maggi com a assinatura da empresa Casa da Engrenagem Ltda, que faz parte do Grupo Tractor Parts. O sócio-proprietário do grupo, João Batista Rosa, é um dos delatores do caso de corrupção envolvendo a concessão de incentivos fiscais para empresas em Mato Grosso.
João Batista disse aos policiais que foi extorquido por Pedro Nadaf, ex-secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), e teve que pagar R$ 2,6 milhões para conseguir manter os incentivos fiscais do seu grupo empresarial. Conforme Batista, o dinheiro foi pago por meio de transações financeiras e cheques de suas empresas.
Já André Maggi afirma que toda a transação de compra e venda do terreno foi feita dentro da legalidade, mesmo que tenha sido pago com dinheiro obtido de forma ilícita. O empresário afirmou que está viajando, mas, assim que retornar, irá prestar todos os esclarecimentos necessários.
A OPERAÇÃO
A "Operação Sodoma" é parte de um inquérito policial que investiga a existência de uma quadrilha formada por agentes públicos que ocuparam cargos do alto escalão do Governo do Estado durante os anos de 2013 e 2014. Neste período, eles teriam cometido uma série de crimes, entre corrupção e lavagem de dinheiro.
Segundo o secretário-geral do Cira, promotor Fábio Galindo, a investigação começou há mais de quatro meses, no âmbito do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), e conta com um robusto acervo de provas da participação dos investigados. Para conseguir levantar as provas foram empregadas as mais modernas técnicas de inteligência policial.
Além das prisões expedidas pela juíza Selma Rosane de Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, também foram decretados mandados de busca e apreensão e condução coercitiva. Um dos alvos de buscas foi o apartamento do ex-governador no bairro Jardim das Américas, em Cuiabá.
Galindo pediu o apoio da sociedade para tentar localizar o ex-governador Silval Barbosa. Qualquer denúncia pode ser feita pelos telefones 197, da Polícia Civil, ou 190, da Polícia Militar.
O nome da operação é uma referência à cidade de Sodoma, que foi destruída em razão dos elevados níveis de corrupção praticada pelos seus moradores.
NOTA OFICIAL
Referente às matérias veiculadas pela imprensa, nesta quarta-feira (16/09), sobre o recebimento de cheques pelo empresário André Maggi, o mesmo vem à público esclarecer:
1- As cópias dos cheques apreendidos na operação, depositados na conta de André Maggi, referem-se ao pagamento de uma parcela da venda de um terreno na Av. Beira Rio, feito à Matrix Sat Rastreamento de Veículos Ltda, com sede em Cuiabá, do qual André Maggi era um dos proprietários, juntamente com outras quatro pessoas.
2- Tão logo retorne de viagem, o empresario prestará todos os esclarecimentos necessários, tendo em vista, a operação comercial ter sido feita dentro dos parâmetros legais.
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José Bonifácio 17/09/2015
Começou a sair coisas importantes. GAECO, aperta que sai caldo!
1 comentários