Os ex-secretários de Estado Pedro Nadaf e Marcel de Cursi, que comandaram a Casa Civil e Secretaria de Fazenda durante o governo de Silval Barbosa (PMDB) e foram presos na tarde desta terça-feira (15) durante a ‘Operação Sodoma’ já foram encaminhados para o Centro de Custódia da Capital (CCC), onde passaram a noite.
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Ex-secretários são presos e ex-governador Silval Barbosa é considerado foragido
A operação investiga a existência de uma organização criminosa formada por agentes públicos que ocuparam cargos do alto escalão do Governo do Estado durante os anos de 2013 e 2014, e teriam cometido uma série de crimes durante este período, entre os quais estão corrupção e lavagem de dinheiro.
Marcos Lopes/HiperNotícias
Ex-secretário de Estado, Pedro Nadaf passou a noite na cadeia e irá almoçar marmitex como um preso comum
Além dos ex-secretários, também foi determinada a prisão do ex-governador Silval Barbosa, porém ele ainda não foi encontrado e já é considerado foragido da Justiça. Os mandados são de prisão preventiva e foram determinados pela Vara de Combate ao Crime Organizado de Cuiabá (7ª Vara Criminal).
De acordo com informações do advogado de defesa de Marcel de Cursi, Hélio Nishiyama, os dois ex-secretários não dividem a mesma cela. O advogado disse que a situação é tranquila e que está trabalhando para provar a inocência de seu cliente.
Na cadeia, Pedro Nadaf e Marcel de Cursi são tratados como um cidadão comum, porque aos olhos da Justiça todas as pessoas são iguais. Os dois devem se alimentar da mesma refeição simples dada a qualquer preso (arroz, feijão, proteína e salada).
Já com relação ao horário de visitas, o advogado informou que Marcel de Cursi só poderá ver os familiares a partir da semana que vem. Neste momento, é autorizada somente a entrada dos advogados.
A OPERAÇÃO
A "Operação Sodoma" é parte de um inquérito policial que investiga a existência de uma quadrilha formada por agentes públicos que ocuparam cargos do alto escalão do Governo do Estado durante os anos de 2013 e 2014. Neste período, eles teriam cometido uma série de crimes, entre corrupção e lavagem de dinheiro.
Segundo o secretário-geral do Cira, promotor Fábio Galindo, a investigação começou há mais de quatro meses, no âmbito do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), e conta com um robusto acervo de provas da participação dos investigados. Para conseguir levantar as provas foram empregadas as mais modernas técnicas de inteligência policial.
Além das prisões expedidas pela juíza Selma Rosane de Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, também foram decretados mandados de busca e apreensão e condução coercitiva. Um dos alvos de buscas foi o apartamento do ex-governador no bairro Jardim das Américas, em Cuiabá.
Galindo pediu o apoio da sociedade para tentar localizar o ex-governador Silval Barbosa. Qualquer denúncia pode ser feita pelos telefones 197, da Polícia Civil, ou 190, da Polícia Militar.
O nome da operação é uma referência à cidade de Sodoma, que foi destruída em razão dos elevados níveis de corrupção praticada pelos seus moradores.
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