Sábado, 04 de Maio de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,07
euro R$ 5,46
libra R$ 5,46

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,07
euro R$ 5,46
libra R$ 5,46

Justiça Terça-feira, 15 de Setembro de 2015, 17:59 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Terça-feira, 15 de Setembro de 2015, 17h:59 - A | A

FRAUDE NO PRODEIC

Em depoimento, empresário revela que foi extorquido em R$ 2,6 milhões por Nadaf para manter incentivos fiscais

GABRIEL SOARES

Em trecho de um depoimento obtido pelo HiperNotícias, o empresário João Batista Rosa, sócio proprietário do Grupo Tractor Parts, revela foi extorquido pelo ex-secretário Pedro Nadaf para poder manter os incentivos fiscais para sua empresa. Nadaf teria cobrado R$ 2,6 milhões do empresário.

 

Leia mais:

Filho de Blairo Maggi foi beneficiado com cheque de 'agrado' emitido por Nadaf

Ex-secretários de Estado passam a noite na cadeia; Silval ainda é considerado foragido

Ex-procurador que está no Canadá tem casa vasculhada pela Polícia no Rio de Janeiro

Ex-secretários são presos e ex-governador Silval Barbosa é considerado foragido

 

"Senhor João Batista Rosa em seus depoimentos confirmou ter pago o montante de R$ 2.600.000,00 (Dois milhões e Seiscentos mil reais) para obter o benefício do incentivo fiscal (PRODEIC)", diz trecho do documento.

 

Marcos Lopes/HiperNotícias

Pedro Nadaf

Empresário diz que negociou o pagamento de R$ 2,6 milhões com o ex-secretário Pedro Nadaf em troca de incentivos fiscais para o Grupo Tractor Parts

O benefício foi concedido pela Secretaria de Indústria e Comércio, Minas e Energia, que, à época, era comandada pelo próprio Pedro Nadaf. Segundo o empresário, o valor foi pago por meio de vários cheques emitidos pelo Grupo Tractor Parts e por transferências bancárias.

 

Também foi citado o envolvimento do ex-procurador do Estado Francisco Gomes de Andrade Filho, acusado de ter recebido cheques da empresa e de ter tentado "comprar" deputados estaduais para evitar uma investigação do esquema na Assembleia Legislativa.

 

O depoimento é uma das provas que levou à prisão dos ex-secretários Pedro Nadaf e Marcel Souza de Cursi na tarde desta terça-feira (15). Além deles, há um mandado de prisão em aberto contra o ex-governador Silval Barbosa, que já é considerado foragido pela Justiça.

 

NOTA OFICIAL

Em nota, o Grupo Tractor Parts afirma que está colaborando com as investigações do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira) e que toda prova produzida pela empresa é feita de forma espontânea e voluntária.

 

A empresa afirma que foi vítima de uma "severa extorsão de agentes públicos que figuravam no governo anterior" para conseguir manter os incentivos fiscais das empresas que compõem o grupo.

 

A OPERAÇÃO

A "Operação Sodoma" é parte de um inquérito policial que investiga a existência de uma quadrilha formada por agentes públicos que ocuparam cargos do alto escalão do Governo do Estado durante os anos de 2013 e 2014. Neste período, eles teriam cometido uma série de crimes, entre corrupção e lavagem de dinheiro.

 

Segundo o secretário-geral do Cira, promotor Fábio Galindo, a investigação começou há mais de quatro meses, no âmbito do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), e conta com um robusto acervo de provas da participação dos investigados. Para conseguir levantar as provas foram empregadas as mais modernas técnicas de inteligência policial. 

 

Além das prisões expedidas pela juíza Selma Rosane de Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, também foram decretados mandados de busca e apreensão e condução coercitiva. 

 

Um dos alvos de buscas é o apartamento do ex-governador no bairro Jardim das Américas, em Cuiabá. A ação dos policiais é acompanhada pela ex-primeira dama Roseli Barbosa e pelos advogados  Valber Melo e Ulisses Rabaneda, que atuam na defesa de Silval.

 

Galindo pediu o apoio da sociedade para tentar localizar o ex-governador Silval Barbosa. Qualquer denúncia pode ser feita pelos telefones 197, da Polícia Civil, ou 190, da Polícia Militar. 

 

O nome da operação é uma referência à cidade de Sodoma, que foi destruída em razão dos elevados níveis de corrupção praticada pelos seus moradores.  

 

(Colaborou Max Aguiar)

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros