O oncologista clínico Marcos Rezende disse ao HNT TV Entrevista que pacientes diagnosticadas com o câncer de mama triplo-negativo têm reagido bem a imunoterapia. Marcos Rezende, que atende na Oncomed Cuiabá, explicou que a resposta positiva à imunoterapia se deve às características únicas desse tipo de tumor, considerado a manifestação mais agressiva entre os quatro subtipos da doença.
Segundo Rezende, a técnica é mais eficaz em tumores chamados imunogênicos, que têm maior capacidade de escapar da detecção natural do sistema imune.
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"Ela não ataca diretamente o tumor. A imunoterapia estimula o sistema imunológico do paciente a reconhecer o tumor e, a partir disso, o corpo passa a combatê-lo. Ela funciona como uma ajuda ao sistema de defesa", explicou o médico.
A imunoterapia estimula o sistema imunológico do paciente a reconhecer o tumor e, a partir disso, o corpo passa a combatê-lo.
O especialista destacou que o câncer de mama é classificado em quatro subtipos, cada um com comportamento e resposta ao tratamento distintos. "O triplo-negativo, por exemplo, é o mais agressivo e é justamente o que mais se beneficia da imunoterapia, principalmente quando diagnosticado em estágios iniciais", afirmou.
Esse tipo de câncer, ao contrário dos demais, responde de forma mais intensa à estimulação do sistema imunológico. Ainda assim, o uso da imunoterapia não é indicado para todos os pacientes. "Nem todo tumor tem esse mecanismo. Por isso, ela é reservada a casos específicos. A maior parte dos subtipos ainda reage melhor à quimioterapia ou à radioterapia", completou.
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Ela tem feito a diferença em perfis de câncer com maior agressividade
A quimioterapia e a radioterapia, tratamentos convencionais, continuam sendo as principais opções para a maioria dos casos de câncer de mama. Rezende destacou a diferença fundamental entre os tratamentos. Enquanto a quimioterapia atinge diretamente as células tumorais e, por vezes, células saudáveis ao redor, a imunoterapia tem uma ação indireta, baseada no fortalecimento das defesas naturais do corpo.
"Ela é uma ferramenta complementar, mas que tem feito a diferença em perfis de câncer com maior agressividade, como o triplo-negativo", concluiu.
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