Terça-feira, 30 de Abril de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,12
euro R$ 5,49
libra R$ 5,49

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,12
euro R$ 5,49
libra R$ 5,49

Justiça Quinta-feira, 10 de Setembro de 2015, 18:54 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Quinta-feira, 10 de Setembro de 2015, 18h:54 - A | A

JULGAMENTO DE ARCANJO

Ex-presidiário diz que Valdir Piran também ordenou morte do jornalista Sávio Brandão

MAX AGUIAR

O depoimento da testemunha identificada como Cinésio de Farias, um dos presos que também ouviu detalhes de crimes comandados por João Arcanjo enquanto dividia cela com os capangas do ex-bicheiro, foi lido por uma advogada no Tribunal do Júri nesta quinta-feira (10).

 

Leia mais:

Ex-segurança de Rivelino Brunini diz que nunca viu empresário discutir com Arcanjo

Presidiário que dividiu cela com Hércules e Célio diz que mortes eram inventadas

Testemunha afirma que ex-bicheiro Arcanjo era tratado como "Papai do Céu" na cadeia

Irmã de Rivelino Brunini dá detalhes sobre operação de Arcanjo e chora perante o júri

 

Assessoria / TJMT

joão arcanjo ribeiro

Cinésio incluiu um novo nome no assassinato de Sávio Brandão, ao afirmar que teria ouvido o ex-cabo Hércules Agostinho dizer que quem os mandantes da morte de Sávio Brandão e do sargento Jesus foram Valdir Piran e Arcanjo. 

 

O jornalista Sávio Brandão foi executado na porta do Jornal Folha do Estado e o sargento Jesus na porta de sua casa, com tiros de um fuzil AR-15 que foi apreendido pela Polícia Civil. 

 

Cinésio também afirmou, em seu depoimento escrito, que Hércules ainda afirmou na cadeia que Arcanjo chegou a comentar que mataria Rivelino primeiro e depois toda sua família. Isso tudo por causa de dívidas dos caça-níqueis.

 

Por fim, Cinésio disse que não pode provar nada, pois apenas ouviu falar em papo de cadeia, mas confirmou que esse depoimento, prestado ao promotor Célio Wilson, é verídico. Depois do depoimento, prestado em Rondonópolis, Cinésio foi transferido para Cuiabá, onde ficou na Peniteciária do Pascoal Ramos e depois foi novamente transferido para o Complexo do CPA, pois era preso provisório. 

 

Sobre a morte de Rivelino, Cinésio confirmou que Hércules disse ter atirado na vítima enquanto estava de moto. "O Hércules matou com cinco tiros, e tinha como cobertura o coronel Lepesteur. Lepesteur inclusive estava de carro, em um ponto acima do local do assassinato, e pegou Hercules, que deixou a moto na Avenida do CPA", afirmou Cinésio.

 

RIVELINO QUERIA COPIAR ESQUEMA DO RJ E SP

Mais cedo, o empresário e ex-policial militar Rutemberg Ferreira de Campos, que entre os anos 2000 e 2002 tinha uma empresa de segurança que fazia a vigilância do galpão onde Rivelino Brunini guardava as máquinas caça-níqueis na Avenida da FEB, em Várzea Grande, confirmou que trabalhava pra Rivelino, mas recebeu algumas ligações de pessoas envolvidas com Arcanjo. 

 

"Eu recebi a chamada em meu celular e, na época, era o coronel Lepesteur avisando que ele precisava entrar no barracão. Ele me disse que Rivelino tinha perdido as mercadorias para o pessoal do Rio de Janeiro e, por isso, ele precisava entrar, a pedido de Arcanjo, para ficar com as máquinas. O Lepesteur estava com a equipe dele, todos capangas", disse o empresário. 

 

Rutemberg lembrou que, na época, Rivelino explorava os jogos de caça-níqueis em Cuiabá. Depois que o Rivelino parou de explorar, perdeu várias máquinas e encerrou o contrato com a empresa de segurança. 

 

"Antes de fechar, Rivelino me disse que queria montar um esquema de caça-níquel igual em São Paulo, mas ele faliu e o povo do Rio de Janeiro chegou em Cuiabá com força. Nessa época, eu não sabia do contato dele com Arcanjo. Não sei se algum dinheiro era destinado ao Arcanjo. Eu de verdade não sei", disse o empresário.

 

O advogado Paulo Fabrinny, que representa a defesa de João Arcanjo Ribeiro, questionou sobre outras pessoas envolvidas e o empresário disse apenas que conhecia Rivelino. "Eu sei muito sobre Rivelino, mas o resto não sei. Mato Grosso, naquela época, era comandado pelo caça-níquel. Teve muita morte naquele período, principalmente por dívida", comentou.

 

Já o promotor de Justiça Vinicius Gahyva chegou a citar alguns dizeres populares ditos por Lepesteur, ex-policial militar e amigo de Rutemberg. "Era o Lepesteur que dizia que não era pai de santo, mas conseguia descobrir quem era o mau pagador e tinha uma oração boa? Essa oração era matar?", questionou. Rutemberg ficou calado e não quis responder. 

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros