A presidente da Comissão de Recuperação Judicial da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Aline Barini, disse que o procedimento ainda é cercado por preconceitos por ser um "carimbo" de que as empresas estão à beira da falência. No entanto, a advogada ressaltou que em seu 20 anos de carreira a recuperação tem se demonstrado eficaz para reestruturar os negócios.
Além disso, a advogada falou que empresas que se negaram a ingressar com o pedido de recuperação acabam presas a execuções que se arrastam por dezenas de anos até ceder.
"Sempre existiu essa vergonha, essa taxação pois é como um carimbo: estou mal financeiramente. No entanto, inúmeras empresas que não entraram já vinham arrastando execuções há mais de 10 e não manejavam a recuperação", falou Aline Barini ao HNT TV Entrevista.
A advogada avalia que quando a atitude do empresário abrir as portas ao administrador judicial é uma demonstração de confiança no Judiciário e a reafirma a intenção de ajustar o seu negócio e quitar as dívidas.
"Mostra confiança e transparência pois eu abro a minha empresa ao Judiciário pois quero me reestruturar", disse.
VII CONGRESSO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL
O procedimento será debatido no VII Congresso de Reestruturação e Recuperação Judicial OAB-MT que será promovido entre os dias 3 e 5 de setembro em Cuiabá. Mais de 70 palestrantes vão se revezar nos painéis. Entre as autoridades convidadas está a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármem Lúcia.
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