Nas últimas semanas temos observado dados positivos sobre o estado de Mato Grosso. O que mais me chamou a atenção foi a projeção de que o estado liderará o crescimento econômico do país em 2025, segundo a Resenha Regional do Banco do Brasil.
A estimativa aponta um avanço de 5,8%, impulsionado principalmente pela soja, que deve registrar um crescimento de 24,6% em relação a 2024, de acordo com o IBGE. Em seguida, destaca-se o algodão, com previsão de crescimento de 1,9%.
Esse cenário promissor resulta de uma combinação de vários fatores: condições climáticas favoráveis, inovação e expansão da atividade agrícola, fortalecimento da indústria regional e, sobretudo, o empenho e a determinação do produtor mato-grossense.
Além disso, os municípios fortemente ligados ao agronegócio têm se destacado em qualidade de vida, especialmente aqueles localizados na região norte do estado.
Mas o que está por trás dessa potência chamada Mato Grosso?
A resposta está na ciência de base em que a EMBRAPA tem um papel decisivo nesse processo, contribuindo de forma fundamental para que o estado se transformasse em uma das maiores potências agrícolas e pecuária do Brasil e, por que não dizer, do mundo.
Até a década de 1970, a produção agrícola no Brasil era pequena e pouco expressiva, em grande parte pela limitada utilização de tecnologias. Naquela época, a pesquisa agropecuária enfrentava desafios significativos.
Para garantir o abastecimento do mercado interno e gerar excedentes exportáveis, um dos principais objetivos do governo federal, era necessário investir em pesquisa, inovação e no desenvolvimento de tecnologias com resultados concretos. Foi nesse contexto que, em 1973, foi criada a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), e, em 1975, a Embrapa Soja, com o objetivo de responder às demandas tecnológicas do setor produtivo e impulsionar a modernização da agricultura brasileira.
Mas o que está por trás dessa grande instituição?
Pessoas, profissionais que dedicam suas vidas aos estudos, à pesquisa e ao desenvolvimento de tecnologias e inovação voltadas para o avanço sustentável do setor agropecuário no Brasil. Entre essas estrelas da ciência está a pesquisadora e cientista brasileira Mariângela Hungria, da Embrapa Soja, que foi reconhecida internacionalmente ao receber o Prêmio Mundial de Alimentação (World Food Prize) — considerado o “Nobel da Agricultura”.
Com mais de 40 anos dedicados à pesquisa, Mariângela contribuiu de forma decisiva para que o Brasil se tornasse uma potência agrícola global. Suas descobertas e inovações na área de microbiologia do solo impulsionaram o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, que aumentam a produtividade sem agredir o meio ambiente.
Como destaca em suas próprias palavras: “Substituir o uso de produtos químicos por produtos biológicos na agricultura tem sido a luta da minha vida. Tenho muito orgulho de contribuir para a produção de alimentos e, ao mesmo tempo, diminuir o impacto ambiental.”
E outras unidades da Embrapa também vêm desempenhando papéis fundamentais, como é o caso da Embrapa Pantanal, que tem sido essencial na formulação de políticas sustentáveis para a conservação e uso responsável do bioma pantaneiro mato-grossense.
O estado de Mato Grosso agradece a todos os pesquisadores e pesquisadoras da EMBRAPA que, com dedicação e compromisso, fortalecem cada vez mais a agropecuária regional, contribuindo para a segurança alimentar do Brasil e do mundo.
Parabéns a todas as "Mariângelas"! Nossa mais profunda gratidão, em nome de todos os mato-grossenses.
(*) TATIANA MONTEIRO COSTA E SILVA - Consultora e Advogada. Doutora em Direito pela PUC/SP, Mestre em Direito Ambiental e Professora Universitária do UNIVAG. Sócia proprietária do escritório Lopes e Monteiro Advogados Associados. Membro da Comissão de Meio Ambiente da OAB/MT.
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