O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador José Zuquim, afirmou que não irá recuar da proposta de reajuste aos servidores do Judiciário. O projeto foi encaminhado à Assembleia Legislativa que, mesmo sob resistência da base do governo, conseguiu aprovar o PL em primeira votação. A expectativa era de que a segunda votação ocorresse ainda na semana passada, mas a proposta foi retirada de pauta.
"Eu não tenho como recuar. Isso foi um projeto apresentado por mim, foi aprovado a unanimidade pelo colegiado, foi chancelado pelo Conselho Nacional de Justiça. Eu não tenho nem legitimidade para recuar", afirmou o presidente do TJ nesta segunda-feira (3) durante evento no Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT).
A primeira votação foi marcada por confusão. Enquanto a oposição pleiteou votação nominal, a base governista tumultou a sessão e acabou se perdendo no rito, o que levou muitos deputados a votarem a favor do projeto, mesmo sendo contrários à pauta. Questionado, o presidente da AL, deputado Max Russi (PSB), afirmou que, uma vez votado, o resultado não poderia ser revisto.
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O que se sucedeu foi uma pressão para travar o projeto enquanto a classe política se articula nos bastidores. A expectativa é de que, caso seja aprovado, o PL, que concede reajuste de 6,8% aos servidores do Poder Judiciário, sofra alterações e só entre em vigência após fevereiro de 2026. A preocupação do governo é com o impacto nas contas, estimado em R$ 42 milhões só no primeiro ano, além do efeito cascata que pode levar ao reajuste de outras categorias.
O presidente do TJ se manteve neutro sobre as articulações na Assembleia. "Cada um age como pensa. Eu penso que não há recuo", frisou. "Eu penso que não me cabe recuar. Me cabe, tão somente, levar a proposta à Assembleia e a Assembleia cumprir o seu papel: ou aprova ou não aprova. O governador, veta ou não veta. Esse é o papel de cada um", encerrou.
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