"Queremos discutir como promover investimentos nos dois países. Nós temos minérios críticos que os EUA podem precisar para impulsionar ainda mais sua economia", disse o sul-africano. Trump, por sua vez, mencionou "grandes acordos" em andamento com Índia e Paquistão, além de comentar novamente sua conversa com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ocorrida na segunda-feira: "fizemos muito progresso."
A entrevista coletiva que antecedeu a reunião a portas fechadas, no entanto, foi marcada por momentos de tensão entre o republicano, a imprensa e Ramaphosa. Questionado por um jornalista se pediria ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que interrompesse os bombardeios na Faixa de Gaza, Trump rebateu: "isso foi uma pergunta ou um posicionamento seu?".
Na sequência, o presidente americano pediu que seus assessores exibissem, no Salão Oval, um vídeo de sul-africanos supostamente incitando a morte de fazendeiros brancos. Ele pressionou Ramaphosa com acusações de que o país adota uma retórica "anti-brancos" - afirmação prontamente rebatida pelo presidente da África do Sul.
Durante a coletiva, outro repórter mudou de assunto e perguntou sobre um avião doado pelo Catar aos EUA. Trump reagiu atacando a emissora: "A NBCsó sabe fazer 'fake news'. Você é uma desgraça", respondeu, antes de retomar o tema da África do Sul, ao qual se referiu como "assassinato em massa de fazendeiros brancos". "Esses fazendeiros não são negros. Eles estão sendo mortos e tendo suas terras tomadas", afirmou, enquanto Ramaphosa tentava esclarecer que nem todas as vítimas eram brancas. "Temos um assunto importante e esse idiota quer mudar o tema", disse Trump, falando sobre o jornalista.
Ramaphosa ainda convocou o ministro da Agricultura, John Steenhuisen, "que é branco e que era da minha oposição", frisou, para ressaltar que a maioria dos fazendeiros "quer continuar lá".
(Com Agência Estado)
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