O grupo mexicano Alsea, responsável pelas franquias do Burger King na Argentina, Chile e México, anunciou a venda de todas as suas operações da marca nesses países. A decisão integra um plano de desinvestimento regional e marca o fim da presença direta do Burger King na Argentina, onde a rede atua desde 1989.
A Alsea contratou o banco BBVA para conduzir o processo de venda, que já iniciou sondagens entre fundos de investimento, grupos alimentícios locais e operadores internacionais de fast food.
Em escala global, o grupo segue o mesmo caminho — no ano passado, vendeu sua operação do Burger King na Espanha para o fundo britânico Cinven.
Apesar da venda, a Alsea não deixará completamente o mercado argentino, pois continuará administrando as lojas do Starbucks no país.“A companhia não comenta rumores ou especulações de mercado. Toda comunicação oficial é feita exclusivamente por nossos canais institucionais”, informou a Alsea em nota ao jornal La Nación.
Concorrência acirrada e queda no consumo
O Burger King chegou à Argentina há 36 anos, inaugurando sua primeira loja no bairro de Belgrano, em Buenos Aires. Atualmente, a rede conta com 118 unidades distribuídas por várias províncias, como Córdoba, Mendoza, Tucumán e Chaco.
Nos últimos anos, porém, o setor de fast food argentino foi fortemente impactado pela queda do poder de compra da população, pela inflação elevada e pelo crescimento das hamburguerias artesanais.
O McDonald’s mantém a liderança histórica do mercado, seguido de perto pelo Mostaza, uma rede local que se expandiu com preços competitivos e presença em shoppings e rodovias.
De acordo com especialistas em consumo, o segmento de hambúrgueres passou por uma “comoditização”: “O que antes era um diferencial de sabor ou qualidade hoje não basta diante de concorrentes que inovam em cardápios, delivery e promoções agressivas”, explicou um consultor ouvido pelo La Nación.
Entre os potenciais compradores da operação argentina do Burger King estão o grupo DGSA (dono das pizzarias Kentucky e das marcas Sbarro e Chicken Chill), o fundo Inverlat (responsável pelas franquias da Wendy’s e KFC) e o grupo Int Food, do Equador, que também opera essas redes desde 2018.
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