A juíza Selma Arruda, titular da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, condenou o ex-presidente da Câmara de Vereadores, João Emanuel Moreira Lima, a 13 anos e quatro meses de prisão pelos desvios promovidos na Casa de Leis durante sua gestão. O Ex-deputado Maksuês Leite é delator na ação.
De acordo com a decisão do ultimo dia 15, João Emanuel é acusado de “prática de peculatos em desfavor da Câmara Municipal de Cuiabá em vários destinos diferentes, dentre eles aquisição de passagens para si e para terceiros para viagem particular, compra de veículo de luxo e reforma da suntuosa casa de seu ex-sogro” diz trecho da condenação.
A ação narra que o acusado desviou cerca de R$ 1,5 milhão da Casa de Leis de Cuiabá, por meio de falsos contratos de serviço junto a Gráfica Propel, de propriedade de Maksuês.
Os desvios contaram com o apoio de Guedey Araújo, que descontava os cheques de pagamento aos falsos serviços de repassava os valores a João Emanuel. Também são réus na ação: Luciano Cândido Amaral e Lucas Henrique do Amaral, que simularam a venda de um veículo para o vereador a fim de camuflar a origem do dinheiro. O veículo estava em nome do filho de Luciano, Lucas do Amaral, que também repassava cheques com os valores desviados para o ex-vereador.
A juíza também condenou os demais envolvidos no esquema. São eles: Guedey a seis anos e oito meses de prisão e Lucas Amaral a três anos e oito meses de reclusão. Ambos cumprirão e pena em regime semiaberto. A decisão ainda cabe recurso.
Em dezembro do ano passado, o ex-vereador foi condenado a 18 anos de prisão na primeira fase da Operação Aprendiz, que investiga os desvios por meio de falsos contratos com a Propel.
Cinco prisão
O ex-vereador João Emanuel está preso no Centro de Custódia da Capital (CCC), desde agosto de 2016, por força de cinco mandados de prisão referentes as Operações Aprendiz 1 e 2, Castelo de Areia, Assépsia e investigação por lavagem de dinheiro.
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