O ex-presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel, foi condenado a 18 anos de prisão pelos crimes de peculato investigados na Operação Aprendiz.
A decisão é da juíza da Sétima Vara Criminal, Selma Arruda, na noite desta segunda-feira (19). A juíza também indeferiu o pedido para que o acusado recorra em liberdade.
A juíza afirmou que a pena levou em consideração os crimes de peculato e os antecedentes criminais do ex-parlamentar que tem vasta ficha criminal e tem personalidade “voltada para a prática de crimes”, diz trecho da decisão.
A operação Aprendiz apurou o desvio de recursos por meio de falsas compras junta a empresas do ramo gráfico.
A denúncia formulada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) foi encaminhada à Jusitça em 2014.
Também foram condenados Aparecido Alves de Oliveira e Renan Moreno Lins Figueiredo a três anos de prisão.
O ex-deputado Maksuês Leite foi condenado a quatro anos e um mês a serem cumpridos no regime semiaberto.
Já a réu Gleysi Ferreira de Souza foi condenado a 14 anos e 10 meses de prisão, pelos crimes de peculato e falsidade ideológica. Ele é sócio de Maksuês na empresa Propel, acusado de ter recebido R$ 1,6 milhões da Câmara por falsos pagamentos.
O ex-vereador João Emanuel está preso no Centro de Custódia da Capital (CCC) desde o dia 16 de setembro por conta de cinco mandados de prisão referentes a Operação Castelo de Areia, Operação Assepsia, Operação Aprendiz 1 e 2 de uma processo sobre lavagem de dinheiro.
Confira penas:
Maksuês Leite condenado a quatro anos e um mês.
Aparecido Alves de Oliveira condenado a três anos de prisão.
Renan Moreno Lins Figueiredo condenado a três anos de prisão.
Gleysi Ferreira de Souza condenado a 14 anos e 10 meses de reclusão.
Outro lado
O advogado do ex-vereador João Emanuel, Lázaro Moreira de Lima, foi procurado e informou que ainda não foi notificado da decisão da juíza, mas que a sentença pode ser considerada nula. Isso porque, segundo o advogado, a magistrada é impedida de atuar no processo uma vez que tem interesse na ação. “Ela declarou para todo mundo que é vítima. Que se sentiu ameaçada por João Emanuel. “, relata. A ameaça a que se refere é de que João Emanuel, teria conversado via telefone com membros do Comando Vermelho no presídio e que suspostamente “encomendou” um atentado para matar a juíza.
“Essa decisão pode ser encarada como uma vingança, uma vez que ele divulgou que se sentiu ameaçada”, afirma.
O advogado ainda relata que aguarda análise de um pedido de afastamento da magistrada do processo referente a Castelo de Areia e um requerimento de habeas corpus da Operação Assepsia.
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