Citado na operação “Cartas Marcadas”, o deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) “decretou” hoje (21) o fim da quebra de sigilo no processo, ao menos na parte em que o seu nome é envolvido. O parlamentar, durante entrevista coletiva, revelou o conteúdo de algumas das interceptações telefônicas feitas com a autorização judicial – a pedido da Delegacia Fazendária – entre os dias 27 de agosto a 4 de novembro passado. Porém, denunciou que mesmo se expirando o prazo às escutas com a autorização da Justiça, o seu telefone continuava grampeado. Veja aqui as transcrições das escutas distribuídas pelo deputado.
Mayke Toscano/Hipernoticias |
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Gilmar Fabris mostra documentos durante coletiva: decretado o fim do sigilo judicial no caso |
Fabris jura ser vítima e sugeriu que o episódio pode ser originado de um “jogo de egos” entre a Auditoria Geral do Estado (AGE) e Procuradoria Geral do Estado (PGE). Ele desafiou a mostrar erros no cálculos, conforme parecer da Auditoria, e diz que pagará a contratação de auditorias para mostrar eventuais irregularidades. As declarações foram feitas durante entrevista coletiva, na Assembleia. Fabris estava acompanhado dos deputados José Riva e Sérgio Ricardo, respectivamente presidente e primeiro-secretário da Assembleia, e de Mauro Savi, líder do Governo na época do acordo, em 2008, o que indica que o Poder Legislativo entrou na briga ao seu lado.
Documentos e decisões judiciais anexados ao processo foram expostos pelo parlamentar na tentativa de mostrar que não há qualquer irregularidade cometida durante a sua atuação em defesa dos funcionários da área fazendária, conforme ele, a pedido do Sindicato dos Agentes da Administração Fazendária, da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).
O deputado saiu em defesa do seu concunhado, o advogado Ocimar Carneiro Campos, e de outros presos durante a Operação Cartas Marcadas. Todos já estão liberados. Ele disse também que o patrimônio da família da sua esposa, Anglisey Volcov, está legalizado e foi adquirido após o advogado, cunhado da sua esposa, conseguir ganhar as ações relacionadas às cartas de créditos e negociadas na família.
Ele diz que os cálculos estão de acordo com as regras do mercado. Sustentou ainda que o seu concunhado era advogado do sindicato e não do governo. Afirmou que o valor da ação, ganha pelo servidores em última da instância da Justiça brasileira foi de R$ 1,2 bilhão e foi feito um acordo com o ex-governador e atual senador, Blairo Maggi (PR), para pagar R$ 490 milhões do total do montante. “Demos um lucro de R$ 800 milhões ao governo”, reafirmou Fabris.
Gilmar desafiou ao governo, por meio da Auditoria Geral do Estado, a provar que os cálculos não estejam corretos e se comprometeu inclusive a devolver os valores, caso esteja errado. As críticas e acusações do parlamentar foram dirigidas ao auditor-geral do Estado, José Alves, tachado de trapalhão pelo deputado.
O deputado também defendeu sobre a acusação de que o advogado teria ficado com cartas de créditos de servidores. Segundo ele, 11 funcionários de um total de 290 que são beneficiados com as ações reclamaram à delegacia fazendária, por isso surgiram as denúncias. Conforme ele, o advogado só ficou com a parte dos seus pagamentos. “O processo é o mais correto dentro do Estado de Mato Grosso”, afiançou.
Lembrou ainda o deputado que o pagamento dos advogados são feitos com base no valor da ação ganha na última instância (Supremo), ou seja, no valor de R$ 1,2 bilhão.
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