Sexta-feira, 18 de Julho de 2025
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,54
euro R$ 6,44
libra R$ 6,44

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,54
euro R$ 6,44
libra R$ 6,44

Artigos Quinta-feira, 17 de Julho de 2025, 10:00 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Quinta-feira, 17 de Julho de 2025, 10h:00 - A | A

LUCIMAR

O Al-Anon devolveu-me o direito de sonhar novamente

LUCIMAR

O lar onde eu nasci e vivi os primeiros tempos da minha vida era um ambiente alcoólico e, por consequência, amargamente desestruturado. Foi lá que eu comecei a conviver com várias experiências negativas, entre as quais muita violência doméstica.

Um dia eu me casei, com a expectativa de ser feliz na vida, mas longe de saber que estava unindo a minha vida à de um doente alcoólatra. Achei que comigo ia ser diferente, que eu ia conseguir fazê-lo parar de beber... essa era a minha convicção. Mas não foi isso que aconteceu, pois logo vi minha vida se despencar por um abismo sem fim! Como lidar com aquela situação? Porque agora o problema era meu e não da minha mãe, eu queria construir uma família, "mas uma família normal".

Foram doze anos de incertezas, doze anos vivendo a vida do meu familiar, doze anos com a casa sendo sustentada com troco de bar. Em fevereiro de 2006, no velório do meu pai, meu familiar recebeu uma semente, semente da esperança que foi plantada com muito carinho por um colega da bebedeira que se encontrava sóbrio já há algumas 24 horas.

Depois de seis meses a semente germinou. Um escravo do álcool, com a família despedaçada, eis que finalmente ele resolveu buscar ajuda em um grupo de AA. Era um fio de esperança, em meio ao desalento que tinha tomado conta de mim.

Eu, desacreditada de promessas e mentiras, não dei importância quando ele disse que ia procurar ajuda. Acreditem, ele foi! E nesse dia meu familiar voltou diferente, eu pude ver a expressão de felicidade e de esperança estampada em seu rosto. E eu ainda sem entender essa felicidade, não dei nenhuma importância àquele indício de mudança.

Acreditem! Ele voltou e eu fui com ele a uma reunião da irmandade de Alcoólicos Anônimos, o A. A. Lá tomei conhecimento do Al-anon (para familiares de alcoólicos), frequentei algumas reuniões e depois desisti. Passou-se algum tempo e eu voltei para a sala de Al-Anon, quando então compreendi melhor a doença e hoje não vivo mais a vida do meu familiar, parei de dormir preocupada com dívidas. Hoje posso sair, e ao chegar em casa sei que vou encontrar paz.

Hoje posso dizer que tenho a família que sonhei, com dignidade, paz de espírito e direito de sonhar.

(*) LUCIMAR é nome fictício em respeito à tradição do Anonimato.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM  e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

653027-4009

pautas@hipernoticias.com.br