O discurso do bolsonarismo desmorona como um castelo de cartas que se coloca no caminho do sopro de uma brisa. Nada - absolutamente nada - do que sustenta suas narrativas (como a extrema-direita desgastou essa palavra…) permanece de pé. Dia após dia, tudo o que foi dito e escrito pelo movimento extremista que levou Jair Bolsonaro à Presidência da República - com todas as consequências negativas que isso trouxe para o Brasil e seu povo - vai se desfazendo, ruindo diante da verdade e da própria fragilidade de seus argumentos.
Pátria, oh! Pátria amada - chantageada foste, em conluio com Trump, presidente dos Estados Unidos, nação para a qual não se cansaram de bater continência. Pátria que ameaçaram o seu setor produtivo e os seus empregos. Pátria à qual viraram as costas sempre que seus interesses pessoais e familiares estiveram em risco. Pátria que cuspiram em sua soberania.
Família - talvez o primeiro conteúdo a se dissolver. A falsa moralidade foi se esfarelando a cada aparição em que Bolsonaro mostrava quem realmente é, longe dos roteiros pré-fabricados. Sempre foi assim. Agora, está claro como as águas das geleiras: a única família que os Bolsonaro se preocupam em proteger é a deles mesmos. E, mais uma vez, tentam pôr o Brasil de joelhos para salvar a própria pele, fugindo da responsabilidade por uma intentona golpista, planos de assassinato de autoridades e outros crimes.
A falsa defesa da Liberdade - aquela que por pouco não fechou suas asas sobre nós - foi desmascarada com as revelações sobre a tentativa de golpe, planejado durante meses e levado a sua tentativa última nos atos de 8 de janeiro. O projeto era romper com o Estado Democrático de Direito e impor uma nova ditadura. Hoje, a “liberdade” que bradavam se resume ao desejo de ver o Brasil se curvar, apenas para que Bolsonaro - o pai, por enquanto - não vá para a cadeia. Com a tornozeleira, esse destino parece cada vez mais próximo.
E, por fim, Deus. Que Deus não os perdoe por invocar Seu nome em vão, enquanto agiam como verdadeiros vendilhões do templo, usando o espaço público para fazer negócios com joias, criptomoedas, vaquinhas, chocolates - e sabe-se lá mais o quê.
(*) OLIVEIROS MARQUES é sociólogo, publicitário e comunicador político.
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