O governador Mauro Mendes (União Brasil) ressaltou que em Mato Grosso não há comunidades fechadas à polícia como no Rio de Janeiro, por isso, o estado não cogita uma megaoperação na mesma dimensão como a promovida pelos militares cariocas. Segundo Mendes, as forças de segurança promovem ações diárias para desarticular o crime organizado, mas o Estado é suficiente pois a polícia prende e o Judiciário solta. Para o governador, esse "prende e solta" é responsável pela sensação de impunidade que fortalece as facções.
"A gente prende todo dia e a Justiça solta. É um prende e solta, e a lentidão faz com que um cara fique 5, 6 anos para ser condenado e quando vai ser condenado já prescreveu. Essa sensação de impunidade que gerou um país tão violento quanto o Brasil", opinou Mauro à Capital Notícia nesta terça-feira (4).
Mendes falou sobre a sensação de insegurança nas ruas do país. Ele destacou que em 2024 foram 40 mil mortes por faccionados, cerca de 100 por dia.
"O que é o terrorismo se não é espalhar o terror? Terrorista é aquele que usa para oprimir e subjugar as pessoas. Já vimos vídeos eles arrancando a cabeça e exibindo. Eles matam, arrancam o coração e exibem. Esses caras precisam ter um freio mais duro do que aquele que a lei brasileira tem hoje", cobrou.
MEGAOPERAÇÃO DO RJ
A megaoperacão Contenção reuniu 2,5 mil agentes das Polícias Civil e Militar para cumprir 100 mandatos. Os criminosos reagiram, utilizaram armamento pesado contra as forças de segurança, como bombas e drones. Foram registradas 121 mortes de suspeitos.
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