A senadora por Mato Grosso, Margareth Buzetti (PSD), declarou ser totalmente contrária ao projeto que aumenta o número de deputados federais, aprovado em Brasília, na última terça-feira (6). O projeto prevê que o número de vagas na Casa passaria de 513 para 531. Com a aprovação na Câmara, o projeto passará por votação no Senado.
“Você sabia que, por ano, seu imposto paga R$ 2 bilhões para manter deputados e senadores aqui em Brasília? Não estou falando da conta de luz, da limpeza, nem da manutenção dos prédios. Só o custo direto dos parlamentares. Salários, verbas de gabinete, passagens, auxílios e tudo mais que envolve manter cada mandato”, disparou a senadora.
Margareth também garantiu que seu voto será ‘não’ assim que o projeto chegar ao Senado. “Eu sou Margareth Buzetti, senadora por Mato Grosso, e já adianto o meu voto: será não quando esta proposta chegar ao Senado”, completou a parlamentar.
A proposta aprovada pela Câmara tem como base o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta o aumento populacional de alguns estados do país como principal motivo para que os mesmos tenham seu número de representantes na Câmara atualizado. A proposta não prevê nenhuma perda no número atual de cadeiras, somente o aumento.
Criticando a proposta central do projeto, Margareth Buzetti alega que o mesmo censo aponta a necessidade de que alguns estados deveriam perder cadeiras, de acordo com o mesmo censo do IBGE.
“A justificativa é o censo do IBGE, que mostrou mudanças na população dos estados. Alguns ganharam habitantes, por consequência ganhariam mais deputados. É o caso de Mato Grosso, acho justo que se mantenha a proporcionalidade. Agora, ninguém comenta que esse mesmo censo aponta que outros estados deveriam perder cadeiras. E isso não foi respeitado”, disse Buzetti.
De acordo com o último censo do IBGE, Mato Grosso tem uma população de quase quatro milhões de pessoas (3.836.399 habitantes). De 2023 a 2024, o aumento populacional foi de 177.750 habitantes no estado. Com isso, o Estado ganharia mais duas cadeiras na Câmara, passando de oito para 10 representantes.
“No que depender de mim, esse absurdo não passará. O Brasil não precisa de mais parlamentares. Precisa, sim, de mais trabalho dos parlamentares que já estão aqui”, finalizou Buzetti (PSD).
CONFIRA OS ESTADOS QUE GANHARÃO VAGAS
Santa Catarina: mais 4 deputados (de 16 para 20)
Pará: mais 4 deputados (de 17 para 21)
Mato Grosso: mais 2 deputados (de 8 para 10)
Rio Grande do Norte: mais 2 deputados (de 8 para 10)
Amazonas: mais 2 deputados (de 8 para 10)
Ceará: mais 1 deputado (de 22 para 23)
Goiás: mais 1 deputado (de 17 para 18)
Minas Gerais: mais 1 deputado (de 53 para 54)
Paraná: mais 1 deputado (de 30 para 31)
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