Um dos principais líderes do agronegócio no Brasil, o senador Jayme Campos (União) criticou duramente a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil. O parlamentar classificou a medida como “extrema, desproporcional e arbitrária”, e alertou para os impactos negativos sobre a economia brasileira, especialmente no segmento da produção rural e na indústria nacional.
O enfrentamento desse ‘tarifaço’, frisou o senador mato-grossense, “não deve ser isolado”. Segundo ele, “é necessário buscar uma coalizão internacional com os demais países afetados, sobretudo na Organização Mundial do Comércio”. Na defesa de uma postura “firme e estratégica”, ele foi taxativo: “Não podemos permitir que regras consolidadas há décadas sejam atropeladas por interesses casuísticos de curto prazo”.
Campos classificou as tarifas como “juridicamente frágeis, economicamente injustificáveis e moralmente condenáveis”, e cobrou o imediato reexame da medida. “O Brasil precisa estar preparado para defender seu direito de competir de forma justa, de crescer com base no mérito e de participar de um sistema internacional de comércio baseado em regras, não em imposições arbitrárias”, acentuou.
A decisão do presidente norte-americano representa, na avaliação de Jayme Campos, uma grave violação dos princípios do comércio internacional e ameaça décadas de construção institucional no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC). “O impacto direto será devastador, com consequências severas para o campo brasileiro”, declarou.
Ele informou ter requerido Informações dos Ministérios da Casa Civil, das Relações Exteriores e da Indústria para cobrar ações diplomáticas, jurídicas e comerciais do Estado brasileiro. A posição do senador Jayme Campos foi corroborada pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado. Ele elogiou as posições manifestada pelo colega mato-grossense, classificando-as como “sérias e responsáveis”.
Presidindo a sessão, o senador Paulo Paim (PT-MS) destacou que o posicionamento do parlamentar representava os interesses maiores da Nação, ao afastar qualquer debate ideológico. Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) citado pelo senador projeta uma queda de até 75% nas exportações de alimentos para os EUA, com reflexos no Produto Interno Bruto (PIB) nacional da ordem de 0,41%. Apenas o agronegócio, setor responsável por cerca de 30% das exportações brasileiras para o mercado americano, o equivalente a US$ 12 bilhões em 2024, seria fortemente afetado.
Campos afirmou que o ‘tarifaço’ representa um retrocesso e criticou o uso da cláusula de segurança nacional para justificar o aumento das tarifas. “Essa cláusula, historicamente aplicada em casos de grave ameaça à integridade do Estado, tem sido distorcida para fins protecionistas e políticos”, disse. O senador lembrou que a própria Justiça americana já considerou abusivo o uso dessa justificativa em casos anteriores. “O governo brasileiro, sugeriu o senador, deve liderar uma frente institucional que envolva também o setor empresarial, com o objetivo de buscar uma solução antes da efetivação das tarifas”.
Ele informou ter protocolado, inclusive, requerimentos de informação aos Ministérios da Casa Civil, das Relações Exteriores e da Indústria, cobrando ações concretas do governo brasileiro.
Apesar do tom crítico, Campos defendeu o caminho da negociação. “É preciso inteligência diplomática. O caminho é o da negociação, não do confronto”, afirmou, destacando que o Governo deve envolver o setor empresarial na busca por uma solução antes da efetivação das tarifas.
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IZABEL GARCIA DUARTE 16/07/2025
Vai lá em Brasília e coloca esparadrapo na boca do cachaceiro assim não fica provocando quem tem poder e outra quem caça chifre na cabeça de cavalo um Dia encontra kkkkkkkkk Parabéns Trump Mostra o seu poder!!
1 comentários