A doutora em Sociologia e cientista política, Christiany Fonseca, disse ao HNT TV Entrevista que vê espaço para o ex-governador Pedro Taques (PSB) ser protagonista nas eleições 2026 como candidato ao Senado, no entanto, não acredita que o senador Jayme Campos (União Brasil) terá a mesma projeção na busca pelo governo.
Segundo Christiany, Jayme seria o candidato natural do grupo do governador Mauro Mendes (União Brasil) à reeleição, mas ao insistir na busca pelo governo, mesmo após Mendes sinalizar apoio ao vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), ela acredita que Campos deve recuar, retornando ao cenário político em 2028 para pleitear a prefeitura de Várzea Grande.
"Eu vejo espaço para o Pedro Taques. Eu não vejo esse espaço da família Campos, no caso do Jayme Campos. O Júlio vem à reeleição. O Mauro, que é o presidente estadual do União Brasil, sinalizou que o candidato dele ao governo é o Pivetta. Nesse caso, o Jayme Campos seria o candidato natural do grupo na reeleição ao Senado", avaliou Christiany Fonseca.
"Mas não há movimentações do nome do Jayme Campos sendo projetado para concorrer com esse grupo, do qual você teria Mauro Mendes como senado e o Pivetta como governador", emendou a cientista política.
De acordo com Christiany, esse escanteamento a Jayme se deve a possibilidade de Mauro Mendes construir uma coligação com outros partidos para apoiar Pivetta ao governo. Mendes entra na chapa ao Senado como primeiro candidato. Um dos nomes cotados para a dobradinha é o deputado federal José Medeiros (PL).
"Inclusive, a gente percebe alguns flertes do Mauro Mendes com o próprio Medeiros, com a própria direita, como se ele quisesse ser esse segundo nome da direita. Porque se criou um discurso, Medeiros está eleito, porque vai ser apoiado pelo Bolsonaro", destacou a cientista.
Mas internamente a candidatura de Medeiros ainda pode ruir. Christiany ressaltou que na última majoritária, o deputado tinha o apoio inicial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas por estar proibido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de conversar com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, José Medeiros acabou não sendo lançado como candidato do partido que apoiou a reeleição de do senador Wellington Fagundes (PL).
"Não sei se realmente o Medeiros vai ter esse apoio real do Bolsonaro", ponderou Christiany.
Além da aliança de Mauro com o PL depender da consolidação da candidatura de Medeiros ao Senado, o acordo também tem como condicional o recuo de Fagundes de concorrer o governo. Mas independente da aproximação com os bolsonaristas, o que a cientista vê como certo é o escanteamento de Jayme.
"Eu acho que esse grupo pensa na possibilidade de um outro nome ou de uma articulação maior que possa agregar outros partidos do que realmente investir na candidatura do Jayme Campos. Possa ser que o Jayme recue desse processo eleitoral, mas quem sabe volte aí para uma disputa na prefeitura de Várzea Grande. Eu não diria que isso é impossível", concluiu.
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