A Câmara de Vereadores de Cuiabá arquivou por unanimidade, nesta terça-feira (13), a representação que pedia a cassação do vereador afastado Chico 2000 (PL). O pedido, que solicitava uma investigação contra o ex-presidente da Casa de Leis por quebra de decoro parlamentar, foi sumariamente descartado.
O requerimento, baseado na Operação Perfídia da Polícia Civil, deflagrada em 29 de abril, foi apresentado pelo advogado Julier Sebastião. Julier esteve à frente da defesa da ex-vereadora Edna Sampaio (PT), cassada na gestão de Chico 2000 como presidente da Câmara.
Os vereadores seguiram o parecer da Procuradoria da Casa, que considerou a materialidade contra Chico 2000 "frágil". O procurador-geral Eustáquio de Noronha Neto argumentou que a representação se baseava em "matéria jornalística" e que "a lei exige provas, não indícios".
O vereador Sargento Joelson (PSB), também afastado pela operação, sequer foi citado como investigado no pedido. Pelo contrário, ele figurava como testemunha no requerimento de Julier.
Relembre o caso
A Operação Perfídia, da Delegacia de Combate a Corrupção (DECCOR), investiga um suposto esquema de propina envolvendo a aprovação de matéria legislativa que beneficiava a empresa HB20, responsável pelas obras do Contorno Leste.
Segundo a investigação, Joelson teria negociado com um funcionário da HB20 a aprovação do parcelamento das dívidas do município.
Com isso, a empresa recebeu mais de R$ 4 milhões em um pagamento. A propina teria sido negociada no gabinete de Chico 2000, com seu aval.
O delator do esquema, um funcionário da HB20, também mencionou a participação de outros vereadores na fraude.
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