“O jogo do bicho nunca parou, mudou de líder”, afirmou o delegado da Delegacia Fazendária (Defaz), Luiz Henrique Damasceno em coletiva de imprensa, na manhã desta quarta-feira (29). Ele apontou, também, que a Polícia Civil acredita que os esquemas do jogo do bicho, anteriormente liderados por João Arcanjo Ribeiro, passaram a ser coordenados pelo genro do ex-comendador, Giovanni Zem Rodrigues.
Alair Ribeiro/MidiaNews
A coletiva de imprensa foi realizada para esclarecer a respeito da Operação Mantus, deflagrada na manhã desta quarta-feira (29). A ação conjunta da Defaz juntamente com o Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO) executou 63 mandados de prisão. Dentre os presos estão João Arcanjo, Giovanni Zem Rodrigues e Frederico Müller Coutinho – apontado como líder de uma organização criminosa concorrente a do ex-comendador.
Quando questionado sobre o tempo de atuação dos bicheiros, como são conhecidos os executores da contravenção penal jogo do bicho, no Estado de Mato Grosso, o delegado da Defaz afirmou: “Tem informações que chegam a dizer que estão trabalhando há 30 anos, mas esse tempo é muito difícil de precisar. Pelo que constatamos, o jogo do bicho nunca parou, mudou de líder. O cara estava preso e o genro tomou conta”.
Luiz Henrique Damasceno disse também que o foco não são os cambistas, pois eles não integrariam a organização criminosa. Na operação, os mandados judiciais foram expedidos pelo juiz da 7º Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de buscas e apreensão.
Operação Mantus
As ordens judiciais são cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande e em mais 5 cidades do interior do Estado. Um dos alvos foi preso no aeroporto de Guarulhos com apoio da Polícia Federal.
De acordo com a nota, a PJC escolheu o nome de Mantus da mitologia etrusca, onde Manto (em latim: Mantus) é o Deus do mundo dos mortos no vale do Rio Pó. Manto também é conhecido como o Deus do azar, onde chamava atenção de suas vítimas através de jogos, roubando assim suas almas.
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