O delegado Bruno Abreu classificou como “fútil” o homicídio da personal trainer Rozeli da Costa Souza Nunes, de 33 anos, cometido pelo policial militar Raylton Mourão, em Várzea Grande, na manhã do dia 11 de setembro de 2025. A autoridade policial afirmou que a morte foi motivada por uma ação judicial movida pela vítima em face da empresa do militar, em que ela pedia indenização de R$ 24 mil por causa de um acidente de trânsito, em tese causado por um caminhão da distribuidora de água de Raylton.
Em coletiva de imprensa, Abreu contou que teve acesso aos autos do processo e na avaliação dele, Rozeli sequer tinha chances de vencer a disputa. Ela foi morta antes mesmo das partes participarem de audiência, que seria realizada no dia 16 de setembro.
“A audiência seria dia 16 de setembro, não teria motivo nenhum para matar essa pessoa. Ele poderia ter esperado a audiência para ver o que que iria acontecer. Então assim, é lamentável o que aconteceu”, opinou Abreu.
A autoridade ainda pontuou que não encontraram elementos de uma discussão prévia entre Raylton e Rozeli. Para Abreu, ficou claro que o militar se irritou com a ação pela personal trainer estar, teoricamente, tirando dinheiro de uma família inocente.
“O Raylton mesmo, confessa, que recebeu a informação [da ação], ficou revoltado, porque a empresa dele não tinha nada a ver com o acidente, e para ele aquilo ali foi uma afronta, que ela [Rozeli] queria, em tese, tomar dinheiro da família a troco de nada”, explicou Bruno Abreu.
Na terça-feira (30), o piloto da moto e comparsa de Raylton foi identificado como Vitor Hugo Oliveira da Silva. Ele foi preso enquanto fugia para o município de Cáceres (220 km de Cuiabá). Os dois são os únicos responsável pelo homicídio, já que a Polícia Civil descartou a participação dos pais do militar e da esposa dele. O caso, até o momento, foi elucidado e é dado por encerrado segundo as autoridades.
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