A Polícia Civil desarticulou uma facção criminosa em expansão em Mato Grosso, especialmente no município de Sorriso (380 km de Cuiabá), onde as ações ostensivas da polícia contra a facção dominante, Comando Vermelho, acabaram abrindo espaço para a atuação de novos grupos. De acordo com as investigações, o grupo tinha uma divisão complexa, semelhante à dos seus rivais, contando com cargos como 'geral do estado', 'coringa geral', 'hórus' e 'missionários', além de outras funções.
O controle dos integrantes, de acordo com a Polícia Civil, era feito por meio de uma lista denominada “Tabuleiro de Numerada”. No documento, eram registrados nomes, vulgos, regionais e aplicativos usados pelos faccionados, permitindo controle e atualização constante.
Os integrantes da organização criminosa utilizavam símbolos próprios, expressões codificadas e difusão de estatuto e cartilhas para padronização da conduta e coesão interna, expansão territorial e supremacia da facção criminosa armada sobre facções rivais.
Ainda conforme as investigações, os criminosos atuava na execução de homicídios de rivais (mencionados como lixos), sequestros, tráfico de drogas, aquisição e exibição de armas de fogo (ferros), além da divulgação de vídeos com imagens de cadáveres de inimigos, como forma de exaltação e intimidação.
Além disso, também tratavam da proteção de familiares, disseminação de ordens e planejamento de contra-ataques, de forma estruturada e ordenada, bem como com absoluto comprometimento à facção.
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