O julgamento do policial militar Ricker Maximiano de Moraes, acusado de tentativa de homicídio contra um adolescente em 2018, está sendo realizado nesta terça-feira (8) no Plenário do Fórum de Cuiabá. A audiência começou pela manhã e deve se estender até às 19h.
Até o momento, cinco testemunhas de acusação foram ouvidas. A defesa ainda deve apresentar outras cinco testemunhas ao longo do dia. O caso é conduzido pelo juiz Lawrence Pereira Midon e integra o Programa Mais Júri, que visa acelerar julgamentos de crimes dolosos contra a vida. A expectativa é que o júri do PM Ricker seja concluído até o início da noite.
O júri se refere a tentativa de homicídio contra Welington Vinicius de Souza Costa. Segundo a versão da vítima, ele e um grupo de amigos, todos menores de idade, passavam em frente à casa do militar, que discutia com a namorada. Os adolescentes estavam rindo, o que teria irritado o policial, que os abordou e, em seguida, passou a persegui-los. Welington foi baleado pelas costas e precisou ser submetido a uma cirurgia. Atualmente, enfrenta sequelas permanentes: perdeu a sensibilidade na bexiga e precisa usar sonda para urinar.
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Mais recentemente, em 25 maio, o policial militar foi preso pelo assassinato de sua esposa, Gabrielli Daniel de Souza, de 31 anos, fugindo do local em seguida com os filhos do casal. Em 2023, ele já havia matado um cachorro da raça pitbull para, supostamente, defender a filha pequena que estava em seu colo.
Antes do julgamento ocorrer, a defesa de Ricker havia tentado, sem sucesso, mudar o local do julgamento, alegando “linchamento moral”, devido a repercussão midiática recente da morte da sua esposa. Ele também havia pedido exame de sanidade mental, justificando sofrer de transtorno depressivo recorrente.
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