O empresário Valdir Piran foi solto por volta das 18h30 desta sexta-feira (28) após permanecer 32 dias preso do Centro de Ressocialização da Capital (CRC). Citado como um valor histórico entre as fianças determinadas pelo judiciário de Mato Grosso, o pagamento de R$ 12 milhões pelo empresário asseguram o ressarcimento ao erário público pelo suposto valor recebido em esquema de desvio investigado pelo Ministério Público estadual.
“Esse valor foi calculado levando em conta os R$10 milhões que que ele recebeu, conforme a investigação do Ministério Público com R$ 2 milhões de correção”, explicou a juíza Selma Rosane de Arruda, da Vara de Combate ao Crime Organizado.
O empresário é investigado em um esquema de lavagem de dinheiro desviado de uma desapropriação de uma área no bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá, no valor de R$ 15,8 milhões.
O governo, na época, depositou R$ 31.715 milhões a uma imobiliária. Desse depósito, 50% voltaram em benefício da organização criminosa, liderada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
Conforme o advogado de Piran, o valor foi proposto pelo réu ao juízo que entendeu ser razoável a solicitação e revogou a prisão preventiva, estabelecendo a ele medidas cautelares, entre elas a fiança milionária. “O juízo entende que o valor seria uma segurança ao ressarcimento”, conta a magistrada.
Além da fiança, Piram cumprirá as medidas cautelares de não frequentar repartições públicas, não manter contato com outros investigados na Operação, não se ausentar do país e de Cuiabá e utilizar a tornozeleira eletrônica. O equipamento de monitoramento será instalado no próximo dia 3.
A juíza informa ainda que o pagamento da fiança como garantia de reembolso ao Estado não anula a possibilidade dele futuramente responder a uma ação na esfera cível de ressarcimento ao erário. “A fiança considera uma pena mínima. Se o Ministério Público considerar que houve um dano patrimonial maior ao erário e um dano moral pode haver sim uma nossa ação”, relata.
O valor é depositado na conta única do Poder Judiciário gerando rendimento até que seja proferida a sentença. Após a decisão os valores são destinados a ações sociais.
Com o pagamento da fiança, os bens do acusado que estavam sequestrados são desbloqueados.
Veja a íntegra da nota divulgada pela assessoria de Piran:
Em relação à libertação do empresário Valdir Agostinho Piran, determinada nesta sexta-feira (28) pela juíza de direito Selma Rosane Santos Arruda, cumpre-nos informar o que segue:
1. A iniciativa de oferecer R$ 12 milhões em garantia real e superior ao valor total da ação partiu do próprio empresário, que desde o inicio do processo adotou uma postura de colaboração com a Justiça, para que o caso seja esclarecido o mais breve possível;
2. Tal postura foi ressaltada pela promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco e corroborada em decisão proferida pela magistrada Selma Arruda. Para a Justiça, Valdir Piran não integrou a suposta “organização criminosa” investigada na ação penal;
3. O próprio Ministério Público Estadual já havia opinado favoravelmente ao pedido de revogação da prisão, entendendo inclusive que não subsistem mais as condições que ensejaram a sua prisão, sendo a revogação obrigatória;
4. O valor depositado por Valdir Piran ficará em garantia no processo, até o final julgamento;
5. No parecer da promotora Ana Cristina Bardusco, ela reconhece que Valdir Piran assumiu uma postura cooperativa, auxiliando a Justiça a esclarecer a verdade dos fatos relativos ao crédito que ele pessoalmente detinha com o ex-governador Silval Barbosa;
6. Valdir Piran já havia esclarecido que detinha um crédito em face do ex-governador e que apenas o recebeu por intermédio de uma factoring que havia sido indicada pelo próprio devedor e, por isso, não desconfiou da suposta ilegalidade da origem do recurso;
7. Valdir Piran confia nas instituições da Justiça e continuará a colaborar para que não paire dúvidas sobre a sua idoneidade.
Assessoria de Comunicação
Piran Participações e Investimentos Ltda.
Piran Sociedade de Fomento Mercantil Ltda.
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