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Justiça Terça-feira, 17 de Junho de 2025, 11:29 - A | A

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Terça-feira, 17 de Junho de 2025, 11h:29 - A | A

CASO ZAMPIERI

CNJ prorroga investigação contra juiz que confiscou “celular bomba”

Magistrado já responde a outras investigações por atrasos e abusos durante audiências

ANDRÉ ALVES
Da Redação

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) prorrogou o prazo do Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que apura possíveis infrações cometidas pelo juiz Wladymir Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Perri é investigado por supostas irregularidades na condução do inquérito sobre o assassinato do advogado Roberto Zampieri em dezembro de 2023, cuja motivação pode estar relacionada à venda de sentenças.

A decisão ocorreu durante sessão virtual entre os dias 6 e 13 de junho e teve como relatora do caso a conselheira Daniela Madeira.

Entre as irregularidades cometidas pelo juiz, estão o fato de o magistrado ter confiscado o celular da vítima e negado às partes o acesso ao material. O juiz também teria violado lacres de envelopes sem o acompanhamento da defesa. Em um dos envelopes estava o HD com os dados extraídos do celular de Zampieri. Na época da abertura do PAD, em dezembro de 2024, Perri alegou que recolheu as provas a pretexto de resguardar a identidade da vítima.

O caso foi levado ao CNJ pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), questionando o fato de o juiz ter restringido o acesso ao conteúdo do celular da vítima. O MP alegou que causou 'estranheza' a determinação do juiz para que as provas fossem entregues pessoalmente na secretaria da Vara e, posteriormente, foram violadas sem a presença das partes.

LEIA MAIS: CNJ abre processo para investigar juiz por "confisco" de "celular bomba"

Em junho de 2024, o juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, liberou parcialmente o acesso aos dados do celular, a pedido da defesa do coronel do Exército Etevaldo Caçadini, preso preventivamente pelo seu envolvimento no assassinato do advogado.

A partir de então, os desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho foram afastados, em agosto do mesmo ano. Meses depois, a Polícia Federal deflagrou a Operação Sisamnes para investigar esquema de corrupção na Justiça de Mato Grosso, que depois se estendeu para outros estados e até o Superior Tribunal de Justiça.

Na primeira fase da operação, a PF prendeu o lobista Andreson Gonçalves, que tem diversas empresas por todo o Brasil. Em uma das últimas fases da operação, outro juiz afastado foi Ivan Lúcio Amarante, da 2ª Vara de Vila Rica (1.127 km de Cuiabá).

OUTROS PROCESSOS

Perri já foi investigado outras vezes pelo CNJ. Em um dos casos, por uma suposta “conduta temerária”, quando o Conselho identificou inúmeras remarcações injustificadas de audiências, o que ocasionou a paralisação de diversos processos, além da ausência de controle e revisão das prisões preventivas. Em outro caso, por ter dado voz de prisão, durante uma sessão, à mãe de uma vítima que se manifestou contra o acusado de assassinar seu filho.

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