A Presidência do Tribunal de Justiça (TJ), por meio da assessoria jurídica, emitiu parecer favorável pela aposentadoria da juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda. A magistrada, que mandou prender políticos como o ex-governador Silval Barbosa e o ex-deputado José Riva, é cotada para disputar as eleições neste ano.
“Por se tratar de direito legalmente adquirido pela requerente em face dos requisitos estarem em consonância com os ditames legais, esta assessoria jurídica manifesta-se favorável ao deferimento do pedido de aposentadoria voluntária, com proventos integrais e paridade plena”, diz documento.
Para se candidatar, a juíza precisa se aposentar e estar filiada a um partido político seis meses antes da eleição, dia 7 de abril, prazo determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Selma está na magistratura há 22 anos. Uma comissão avaliou que dois pedidos de providências e um pedido de sindicância contra Selma estão em fase inicial e não colocam óbice à aposentadoria.
Um dos pedidos foi feito pelo advogado e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional de Mato Grosso (OAB-MT), Francisco Faiad, preso por ordem de Selma, na Operação Sodoma. Faiad entrou com um pedido de investigação contra a magistrada no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), apontando uma série de supostas ilegalidades cometidas pela juíza.
Os pedidos, entretanto, estão em fase inicial e no entendimento do CNJ não impede a juíza de se aposentar, pois é um direito adquirido, já que a magistrada tem mais de 30 anos no funcionalismo público e preenche os requisitos exigidos pelo Judiciário para se aposentar.
“Neste andar, a magistrada conta com 55 anos de idade, bem como 31 anos, 10 meses e 1 dia de efetivo exercício no serviço público e, evidentemente, 15 anos de carreira e 5 anos de efetivo exercício na judicatura, pelo que preenchidos os requisitos exigidos pela citada regra previdenciária transitória”, informa.
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