A Justiça acolheu denúncia contra os advogados Roberto Luís de Oliveira, Jessica Maróstica, Hingritty Borges Mingotti e Tallis de Lara Evangelista, acusados de fazer parte do 'braço jurídico' do Comando Vermelho no médio-norte mato-grossense. Além deles, o policial militar Leonardo Qualio e contra as lideranças da facção Robson Júnior Jardim dos Santos, vulgo 'Sicredi', Paulo Henrique Campos de Aguiar, vulgo 'Noturno', e Tiago Telles, vulgo 'Dark', também responderão ao processo.
De acordo com a acusação, os advogados eram responsáveis por repassar boletins de ocorrência e outras informações sensíveis sobre pessoas de interesse do Comando Vermelho para os faccionados. Muitas vezes o 'braço jurídico' recorria ao policial militar para atender aos pedidos dos líderes da facção. Roberto Luís de Oliveira era considerado o 'chefe' do grupo, designando os outros advogados para suas respectivas funções.
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Os quatro advogados foram presos no âmbito da Operação Gravatas, deflagrada no dia 12 de março. Jessica Maróstica foi a única a deixar a prisão. Ela foi remanejada para o regime domiciliar por ser mãe de uma criança pequena.
Relatório da polícia revelou diversos momentos em que os advogados serviram como 'garotos de recados' para diferentes lideranças da facção criminosa dentro e fora dos presídios de Mato Grosso. Em um dos casos, Hingritty Borges Mingotti chegou a facilitar a recuperação de um arsenal de bananas de dinamite.
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