Galípolo citou três principais fatores responsáveis por essa desancoragem. Em primeiro lugar, o desafio do Banco Central em conseguir demonstrar compromisso com a perseguição da meta de inflação de 3%. O presidente do BC reforçou que tanto ele quanto o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, têm falado publicamente a respeito desse compromisso.
O segundo ponto diz respeito a uma eventual reação da política fiscal caso haja desaceleração da economia, decorrente do patamar de juros mais elevado. Galípolo disse, no entanto, que é difícil ser preventivo em algo que não ocorreu de fato. Em relação à incorporação dessas variáveis no modelo, ele reforçou que o BC tem adotado cautela e parcimônia nas projeções para não agregar mais volatilidade ao processo.
Já a terceira dimensão está relacionada ao fato de que a economia vem surpreendendo do ponto de vista de aquecimento. Ele afirmou que a discussão agora está em torno do comportamento do hiato daqui para frente, tendo em vista que o Brasil segue em uma economia que apresenta uma resiliência surpreendente.
Galípolo reforçou que toda a comunicação tocada pela autoridade monetária foi no sentido de explicar como se dá o processo de desinflação. Ele disse que o BC tem reunido informações e reforçado sua crença na política monetária.
"Se a gente colocou a taxa de juros em patamar que a gente entende que é restritivo, a gente sabe que o remédio vai funcionar. Ele tem suas defasagens e a gente quer comunicar como essa defasagem vai ocorrer ao longo dos próximos meses", disse. Ele também reforçou a necessidade de preservar flexibilidade, evitar movimentos bruscos e volatilidade.
(Com Agência Estado)
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