"Se eu estivesse lá, tinha feito a mesma coisa, porque ninguém tem alternativa para isso ... As despesas obrigatórias invadem o espaço e não tem como cortar", comentou Maílson, que é sócio da consultoria Tendências, durante painel de um evento do Monitor do Mercado.
Diante do limite imposto pelo arcabouço fiscal, o governo precisa diminuir os gastos discricionários para acomodar o avanço das despesas obrigatórias, como benefícios previdenciários, pagamento de servidores e gastos mínimos com saúde e educação. Porém, observou Maílson, o espaço para cortes dos gastos não obrigatórios está chegando ao limite, uma vez que os serviços públicos podem ficar sem recursos.
"Você vai cortando e vai segurando, mas fica inviável, porque daqui a pouco não tem como funcionar, e você tem que soltar", comentou o ex-ministro, dando como exemplo a liberação de R$ 400 milhões no orçamento para universidades que estavam sem recursos para compra de combustível e equipamentos de informática.
Citando as projeções apresentadas no projeto de lei de diretrizes orçamentárias, Maílson observou que o esgotamento completo de recursos acontecerá em 2027. "Tem um encontro marcado com a crise, e essa crise vai acontecer até 2027, porque o governo, repetindo a divulgação da lei de diretrizes orçamentárias, deu o seguinte: em 2027 é o esgotamento, não tem mais dinheiro para nada. E, claro, não pode ser assim", assinalou o ex-ministro.
(Com Agência Estado)
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