A decisão do colegiado do Banco Central deve refletir a avaliação de que, apesar das projeções de inflação ainda acima da meta, os efeitos defasados da política monetária seguem em curso, enquanto a elevada incerteza global demanda cautela adicional, estima.
Na visão do Itaú, a comunicação do Banco Central deve reforçar a estratégia de juro básico estável em nível contracionista por período bastante prolongado, em meio a um cenário de inflação prospectiva acima da meta até 2027. Isso, diz, mesmo após o último Relatório de Política Monetária ter revelado que as autoridades ainda não incorporaram em seu cenário um hiato do produto possivelmente menos benigno para a inflação.
O banco mantém expectativa de início do ciclo de cortes da Selic no primeiro trimestre de 2026, conforme o relatório assinado pelo economista-chefe Mario Mesquita. O Itaú entende que uma valorização mais expressiva do câmbio ou uma desaceleração mais acentuada da atividade poderiam antecipar esse primeiro movimento para o final de 2025.
Segundo o Itaú, a efetivação das tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos exportados do Brasil, em 50%, reduz o espaço para uma apreciação da moeda, apesar do ambiente global de dólar fraco. Por outro lado, as sobretaxas aumentam a probabilidade de um enfraquecimento mais acelerado da economia, cita.
"Em termos líquidos, os riscos parecem pesar mais na direção de cortes de juros antecipados - por isso, será crucial acompanhar eventuais qualificações do comitê sobre as perspectivas para a atividade econômica", recomenda.
(Com Agência Estado)
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