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Economia Sexta-feira, 08 de Agosto de 2025, 18:00 - A | A

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Sexta-feira, 08 de Agosto de 2025, 18h:00 - A | A

Em reação a noticiário político, taxas futuras sobem na sessão de sexta

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

Em uma dia de agenda esvaziada de indicadores econômicos, discursos recentes de diretores do Banco Central mais inclinados a cortes de juros davam suporte à continuidade da queda das taxas futuras nas últimas sessões, assim como a percepção de melhora no ambiente institucional. Mas ruídos políticos levaram os DIs a inverterem o sinal nas horas finais da sessão. O gatilho para a piora, segundo agentes de mercado, foram afirmações atribuídas a fontes de que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não deve receber apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial de 2026.

Segundo interlocutores relataram à Bloomberg, Bolsonaro está cada vez menos propenso a endossar Tarcísio na corrida presidencial. O ex-presidente parece inclinado a apoiar algum integrante de sua família como candidato. A notícia passou a circular em grupos de Whatsapp do mercado financeiro por volta das 15h20, quando as taxas deixaram as quedas para trás e passaram a operar em ascensão ao longo de toda a curva. "O mercado como um todo prefere Tarcísio", disse um operador à Broadcast sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).

Encerrados os negócios, a taxa de contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2026 oscilou de 14,897% no ajuste de ontem para 14,905%. O DI para janeiro de 2027 aumentou de 14,087% no ajuste da véspera para 14,130%. O DI de janeiro de 2028 marcou 13,400%, de 13,377% no ajuste antecedente. O DI de janeiro e 2029 subiu de 13,267% no ajuste anterior para 13,300%.

Na ponta mais longa da curva, o DI para janeiro de 2031 também avançou, de 13,479% no ajuste de quinta-feira para 13,500%. O DI de janeiro de 2033 ficou em 13,610%, de 13,604% ontem no ajuste.

Segundo Felipe Tavares, economista-chefe da BGC Liquidez, tudo caminhava para um pregão positivo no mercado de juros nesta sexta: a "confusão" institucional envolvendo o Supremo Tribunal (STF) e Bolsonaro, em prisão domiciliar, teve certo alívio; Nilton David e Diogo Guillen, respectivamente diretores de Política Monetária e de Política Econômica do BC, deram ontem e hoje indicações mais no sentido de que a Selic parou de subir, e o próximo movimento é de corte; e, nos Estados Unidos, se firma o cenário de que o Fed vai reduzir o juro em setembro.

"Tudo se encaixava para os juros fecharem a semana em queda. Mas toda vez que sai uma notícia em relação ao Tarcísio, a curva reage de forma sensível", afirma Tavares. "Sem ele no páreo, o mercado sente um vácuo de candidatos de centro-direita, o que eleva as incertezas. Se tivessem outras opções na mesa, poderia não haver toda essa piora".

Economista-chefe da Equador Investimentos, Eduardo Velho observa que, em um dia sem novidades no noticiário econômico, a curva de juros costuma operar mais alinhada ao dólar, que também subiu hoje ante o real. E, no campo da guerra comercial com os EUA, o governo Lula segue dando indicações de que não está disposto a ceder nas negociações com Washington, o que aponta dificuldade de alguma flexibilização do tarifaço.

Na semana, apesar do revés de hoje, o saldo ainda foi de fechamento em todas as taxas ao longo da curva, à exceção do vértice de janeiro de 2026, que rondou a estabilidade. Segundo a equipe econômica do Santander, o destaque no período foi a publicação da ata do Copom, que trouxe elementos inclinados a juros mais baixos, principalmente se comparada ao comunicado da última reunião.

Outro vetor importante que ainda fez preço sobre a curva de juros local nos últimos dias foi o payroll abaixo do previsto de julho. O principal relatório do mercado de trabalho dos EUA, publicado há uma semana, sinalizou enfraquecimento mais expressivo dos fundamentos do emprego no país, e consolidou aposta de que o Fed vai diminuir os juros em setembro. "O payroll mais fraco levou os agentes de mercado a tomarem mais riscos, o que implicou em maior alocação ao longo de toda a curva prefixada brasileira", observa o Santander.

(Com Agência Estado)

 

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