Marcos Bergamasco/Secom |
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É que após o envio de um parecer da Procuradoria Geral do Estado [PGE] ao gabinete do goverandor, questionando a forma como foi feita essa aglutinação, conforme Hipernotícias informou com exclusividade no último dia 12, Silval Barbosa [PMDB] determinou a correção no conteúdo da lei, especialmente em seu artigo 8°, que, sem especificar, apenas se limita a dizer que “transfere competências” para a AGE.
Com isso, um pré-projeto deve passar por análise minuciosa da PGE para que sejam feitas as alterações necessárias. No entanto, uma alteração já está decidida: a transformação da AGE em Controladoria Geral do Estado.
Conforme o secretário-auditor-geral José Alves Pereira, essa minuta já está na PGE desde fevereiro. Inclusive, acrescenta, no parecer da Procuradoria entregue a Silval esse documento é citado.
O principal conflito gerado pela transferência é que o Artigo 8° dá competência à AGE de proceder correições em processos de servidores do Estado, tirando, em tese, a autonomia do secretário da pasta de investigar seu próprio servidor.
Para José Alves, não há inconstitucionalidade na lei, cujo projeto, segundo ele, foi elaborado pela Casa Civil que, hoje é chefiada pelo secretário Éder Moraes.
“A única dúvida que trás o artigo oitavo é de quem é a competência [pela investigação ao servidor, se é do auditor ou do secretário, mas a partir da nova lei isso vai ficar delimitado”, argumentou o auditor, se referindo ao pré-projeto que deve ser devolvido à Auditoria pela PGE, com as possíveis mudanças jurídicas, até o fim deste mês. Em seguida, já como Mensagem do Executivo, a matéria será encaminhada à apreciação e votação da Assembléia Legislativa.
O auditor-geral prega, porém, que há harmonia entre a AGE e a Procuradoria Geral do Estado e também argumenta que mesmo com a lei do jeito que está, todos os processos disciplinares de servidores, por exemplo, estão sendo analisados conjuntamente com cada secretaria.
A integração dessas quatro macro-funções (Ouvidoria, Auditoria, Corregedoria e Controladoria), conforme José Alves, é uma tendência e uma transformação inevitável e que já teria sido absorvida por 16 dos 27 estados brasileiros.
Diário de Cuiabá |
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Alerta partiu do Procurador Geral do Estado |
Atualmente, salientou o auditor, o raio de ação da AGE quanto a correições abrange apenas 20% de todos os servidores. É que já existem as corregedorias setoriais nos seis principais setores do Estado: Saúde, Segurança, Educação, Fazenda, Detran e Justiça, órgãos esses que apenas recebem orientação da AGE, pois têm estatutos próprios.
José Alves admitiu que atualmente há um estoque de processos para serem feitos os encaminhamentos e garantiu que não há e nem haverá prejuízo para nenhum servidor, “pois fazendo tudo conjuntamemte”.
Essas mudanças, completou, foram discutidas na reunião do secretariado do governo.
Fisicamente, a Corregedoria já existe dentro da AGE, com a criação de uma secretaria-adjunta, comandada por Cristiane Laura, que diretamente é a encarregada de sistematizar todos os processos internos, como os PADs (Processos Administrativos Disciplinares) que envolvam servidores públicos do Estado.
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Sofia 03/09/2011
Alguém poderia pedir oficialmente uma cópia do parecer da PGE para ver o quanto esse projeto da AGE é ridículo.
1 comentários