Os médicos da rede pública de Cuiabá decidiram entrar em estado de greve em protesto contra a possibilidade de corte no adicional de insalubridade já neste mês de outubro. A deliberação ocorreu durante assembleia geral realizada na noite de segunda-feira (13) pelo Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT).
Segundo o sindicato, a medida municipal contraria o prazo concedido pelo Ministério Público Estadual, que havia autorizado o município a corrigir os pagamentos irregulares até o fim de 2025. A mudança altera a base de cálculo do adicional, que passa a ser vinculada ao salário inicial da carreira (A1), resultando em redução no valor pago aos profissionais.
“O prefeito hoje abriu novamente as negociações e vamos participar de todas as reuniões e da audiência pública que haverá na Câmara dia 20 de outubro, para chegarmos a uma solução”, afirmou o presidente do Sindimed-MT, Adeíldo Lucena. Uma nova assembleia foi marcada para o dia 21 de outubro, às 19h, após o fechamento da folha de pagamento.
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Diante da mobilização da categoria, o prefeito Abilio Brunini (PL) suspendeu toda a agenda oficial desta terça-feira (14) para se dedicar exclusivamente às negociações com os sindicatos da saúde. A medida ocorre em meio à pressão dos servidores e à possibilidade de o gestor ser alvo de ação de improbidade administrativa, caso o município descumpra o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público de Mato Grosso sobre o pagamento da insalubridade.
Na segunda-feira (13), Abilio participou de uma reunião com representantes sindicais que se estendeu até o início da noite, na Praça Alencastro, em frente à sede da Prefeitura. Segundo o prefeito, a proposta final deve ser construída até quarta-feira (15), em consenso com os sindicatos.
A expectativa é de que o projeto de lei com o novo formato do adicional seja encaminhado à Câmara Municipal ainda nesta semana, para votação antes do fechamento da folha de pagamento, previsto entre os dias 19 e 20 de outubro.
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