Investigações revelaram que Fábio Conceição de Campos, de 36 anos, e Wagner Luiz de Arruda, 33, foram assassinados após saírem para cobrar uma dívida de drogas no valor de R$ 35 mil, conforme informou o delegado responsável pelo caso, Guilherme Berto Nascimento Faschinelli. Eles estavam desaparecidos desde o dia 11 de agosto e foram encontrados pela Polícia Civil na madrugada desta terça-feira (6), na região do Distrito de Marzagão, em Rosário Oeste.
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Segundo as investigações, Fábio e Wagner teriam ido na casa de Rivael Xavier Pereira e Gislene Almeida Cruz para receber a dívida. Porém, a polícia trabalha com a hipótese de que a morte foi premeditada, porque uma terceira pessoa foi quem os levou para a emboscada onde foram executados.
Assessoria
Investigações apontam que Fábio e Wagner foram mortos após cobrar uma dívida de drogas no valor de R$ 35 mil
A forma como os dois foram assassinados e o local exato onde foi efetuado o crime ainda não foram esclarecidos. Os corpos foram encontrados enrolados em uma lona, enterrados em covas rasas e em avançado estado de decomposição.
"Eu não posso afirmar ainda como aconteceu, porque onde os corpos foram localizados não quer dizer que o crime foi nesse local. Eles podem muito bem ter feito em uma região e levado os corpos para outra. Isso é o que pretendemos esclarecer no decorrer das investigações. Agora o que podemos afirmar é que os cunhados já haviam ido outras vezes na casa do casal. Não sei se foi para cobrar esta dívida", disse o delegado.
No começo, a investigação do caso estava na responsabilidade da delegacia de Chapada dos Guimarães. Após a instauração do inquérito, coleta de dados e provas, ele foi transferido para a delegacia de Rosário Oeste em parceria com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), porque aconteceu o duplo homicídio de Rivael e Gislene, que estaria ligado ao primeiro crime.
Conforme a delegada Anaíde Barros, os cunhados teriam ido cobrar a dívida na casa de Rivael, que ele provavelmente estaria devendo a alguém. Mas a participação do casal no tráfico de drogas deve ser melhor esclarecida, porque a polícia ainda não tem como informar como eles atuavam nesse ramo.
"Está confirmado que eles tem participação. No entanto, nós ainda não sabemos se eles vendiam, compravam ou apenas repassavam para outra pessoa. Já os cunhados, tá certo que eles foram lá cobrar, mas não sabemos se eles foram a mando de alguém ou deles mesmos", informou a delegada.
Assessoria
Cunhados foram encontrados em uma cova rasa em uma região de mata
PRISÕES
Duas pessoas, cujas identidades ainda não foram reveladas, já tiveram a prisão temporária decretada pela Polícia Civil. Porém, o fato de estarem presos não significa que estão envolvidas com o caso.
"A prisão temporária é para investigação. De repente é uma forma de a pessoa colaborar com a polícia porque tem conhecimento do caso. Mas os nomes e outros detalhes ainda não vamos informar, porque podem chegar a outras pessoas. Nós vamos guardar a identidade dos colaboradores com a investigação porque correm grandes riscos, além de o processo estar em sigilo", finalizou.
RELEMBRE O CASO
Inicialmente, os cunhados eram tidos como desaparecidos. Contudo, a delegada Anaíde Barros, descobriu, durante uma força-tarefa na semana passada, que eles deviam ter sido assassinados após fazer uma cobrança na região onde foram encontrados. Os familiares foram ouvidos e garantiram que os cunhados haviam ido pescar.
De acordo com a Polícia Civil, os cadáveres foram encontrados em covas muito próximas da propriedade rural de Rivael Xavier Pereira e Gislene Almeida Cruz, que foram assassinados no dia 28 de agosto. Eles teriam sido as últimas pessoas a terem contato com os dois cunhados e podem ter sido vítimas de queima de arquivo.
Como os corpos encontrados já estavam em avançado estado de decomposição, eles foram recolhidos e encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), onde irão passar por exames e revelar as causas das mortes.
O carro dos dois homens, um Celta prata encontrado em uma região de mata no município de Nova Brasilândia era, até o momento, a única pista concreta da Polícia Civil.
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