Em tom de ironia, o vereador Rafael Ranalli (PL) sugeriu que o senador Wellington Fagundes (PL) abra mão da candidatura ao governo para que sua nora, a deputada Janaina Riva (MDB), assuma o espaço em uma possível aliança PL-MDB em 2026. Ranalli, aliado da prefeitura na Câmara, defende diálogo com o MDB, mas o prefeito Abilio Brunini (PL) criticou a articulação, comparando Janaina ao ministro Carlos Fávaro (PSD), que migrou da direita para a base de Lula após a eleição presidencial.
Para não ferir sua imagem no grupo político conservador, o vereador tenta se afastar de um posicionamento de apoio a Janaina, jogando para Wellington a responsabilidade de incluir ou não a nora na chapa.
"Nas minhas falas eu costumo dizer onde se encaixaria a Janaina. Se ela quisesse vir pra esse lado da direita, teria um espaço muito restrito, que seria o espaço do próprio sogro, do Wellington, que é o nosso pré-candidato a governo", falou Rafael Ranalli à imprensa nesta quinta-feira (18).
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Além de Abilio, Ranalli se tornou alvo do deputado estadual Gilberto Cattani (PL) que o colocou entre aqueles que se passam por bolsonaristas, mas estão distantes dos 'conservadores raiz'. Devolvendo a ofensiva, o vereador citou o ex-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Antonio Galvan (DC), apontado por Cattani como o "candidato de Jair Bolsonaro ao Senado" junto do deputado federal José Medeiros (PL). Para o vereador, Galvan não tem chances na disputa.
"Ontem, eu até brinquei em um podcast e falei: Galvan, me ajuda a te ajudar, vem pra federal. Uma vaga de Federal é sua", disse Rafael Ranalli.
O vereador ainda lembrou que na última visita de Bolsonaro a Cuiabá, no segundo turno das eleições municipais, em 2024, o ex-presidente chancelou Medeiros e o governador Mauro Mendes (União Brasil) como os candidatos do PL ao Senado.
"Ele deu uma coletiva, botou a mão no ombro do Medeiros e do Mauro e falou 'esses são meus senadores'. O cara antecipou dois anos antes a chapa do PL de senador aqui do Mato Grosso. Então isso aí já é decisão do Bolsonaro", destacou o vereador.
Por fim, Ranalli reiterou seu papel como "soldado do PL" e sua fidelidade ao partido, acompanhando o que for recomendado pelos caciques da sigla. A composição de chapa ao governo é uma dor de cabela para o PL. O presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, classificou a celeuma envolvendo Janaina como um "problemaço", ao qual se comprometeu em resolver.
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