O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), preferiu manter a coerência ao falar sobre seletivo da saúde anunciado pelo secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, que anunciou candidatura ao Legislativo em 2022.
“Eu mantenho minha coerência em falar que isso não pode ser caracterizado como canhão político, mesmo ele sendo candidato. Estando dentro das leis, se ele vai fazer um seletivo é o caminho correto que a lei permite”, disse à imprensa, nesta segunda-feira (10).
Em outubro de 2021, Emanuel Pinheiro chegou a ser afastado do cargo sob a acusação de fazer uso político das contratações temporárias na Secretaria de Saúde da Capital.
Em trecho da denúncia, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) aponta que as contratações eram uma espécie de “canhão político” do prefeito para obter vantagens, sobretudo, com os vereadores de Cuiabá.
Emanuel foi afastado cível e criminalmente, mas conseguiu reverter as decisões judiciais ainda em novembro, pouco mais de um mês da Operação Capistrum, que deu origem às medidas cautelares.
Desde que retornou ao cargo, Emanuel alega que sofreu injustiça, “sequestro de mandato” e defende sua inocência.
“Por que fizeram isso comigo? Qual foi a interpretação? Se fosse levado na mesma linha, era para fazer com ele [Gilberto] também. Se fosse levado na mesma linha de injustiça que acabou induzindo o Judiciário com relação a mim. Mas iremos provar tranquilamente a injustiça de que fomos vítimas e ele vai poder se justificar e provar que o caso dele também não fere a lei”, completou.
SELETIVOS SUSPENSOS
Os dois processos seletivos para a Saúde do Estado, lançados em novembro, foram suspensos por decisão judicial em dezembro de 2021.
Ação proposta pelo Sindicato dos Servidores da Saúde de Mato Grosso (SISMA) questiona a devida publicidade do certame e, também, a falta de priorização ao concurso público.
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