O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), respondeu às críticas da vereadora Maysa Leão (Republicanos) sobre o que ela classificou como desrespeito à população. A polêmica surgiu após declarações de Brunini que sugeriam que parte significativa dos atendimentos médicos na capital seriam motivados apenas pela busca por atestados.
A resposta do prefeito foi dada durante entrevista à imprensa, nesta terça-feira (1º), durante visita à Câmara Municipal. De maneira descontraída, Brunini desafiou os jornalistas a escolherem uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para visitar. Ao ser sugerida a UPA Morada do Ouro, ele exibiu um vídeo do local aparentemente vazio e afirmou: “Contra fatos não há argumentos.”
Em seguida, reforçou a crítica ao uso indevido das unidades de saúde: “Nós estamos às 11h45 da manhã e a UPA tá vazia. Nosso enfrentamento é necessário”, disse, fazendo referência ao que chama de “tumulto” provocado por pessoas que buscam atendimento apenas para conseguir atestados médicos.
Segundo o prefeito, há um desconhecimento generalizado sobre a real situação nas UPAs. Ele sustenta que, se suas alegações fossem falsas, o movimento nas unidades continuaria alto e não seria possível registrar cenas como a que mostrou.
Brunini também falou em uma transformação na forma como a saúde pública está sendo gerida: “A gente suspendeu a fase de ofertar atestados para aquelas pessoas que procuravam só essa finalidade. Começamos a classificá-las adequadamente e de acordo com a procura. E estamos, sim, dando atestado para quem realmente precisa, tá mal de saúde, precisando comprovar que esteve naquela unidade buscando um atendimento ou para você ou para o seu familiar. Desde que seja dentro do princípio da legalidade e da realidade.”
A vereadora Maysa Leão, por sua vez, criticou o tom adotado pelo prefeito e afirmou que ele trata com ironia os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Para ela, a postura representa “falta de respeito” com a população.
Leão defendeu que a gestão deve concentrar esforços em “entregar uma Cuiabá melhor, sem penalizar ou ridicularizar as pessoas.”
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