Durante a inauguração do sistema de distribuição de gás natural no Distrito Industrial de Cuiabá, na manhã desta sexta-feira (25), o governador Mauro Mendes (União), destacou que Mato Grosso vem bancando, com recursos próprios, a compra do gás natural que está atualmente estocado na Bolívia, aguardando maior demanda no Estado. O contrato firmado com os bolivianos garante fornecimento contínuo, mesmo sem consumo imediato.
“Eu confesso a vocês que nós estamos hoje com um volume de gás que nós compramos, pagamos e está lá estocado na Bolívia. Por quê? Porque nós precisávamos fazer essa aposta nas indústrias de Mato Grosso, no desenvolvimento desse mercado e dar essa segurança”, afirmou Mendes.
O governador explicou que o contrato firmado segue o modelo internacional chamado take or pay – em que o comprador paga pelo volume contratado, consumindo ou não. A medida, segundo ele, foi essencial para atrair investimentos e dar previsibilidade ao setor industrial. “Como é que o empresário vai investir sem uma garantia firme de que haverá fornecimento de gás?”, questionou.
Mauro Mendes também relembrou sua experiência pessoal com a frustração de investir em um sistema de galvanização que utilizaria gás natural, mas que não pôde ser ativado devido à descontinuidade no fornecimento em anos anteriores. “Comprei queimadores, adaptei todo o sistema, e no meio da obra descobri que o contrato com a Bolívia não obrigava a entrega do gás. Se tivesse uma falha, era um prejuízo milionário”, contou.
O novo sistema de distribuição inclui 39 quilômetros de gasoduto e recebeu um investimento de R$ 40 milhões. Mendes ressaltou que essa obra só foi possível graças ao equilíbrio fiscal do Estado. “Se aquelas confusões de 2019 tivessem prevalecido, Mato Grosso seria um Estado quebrado. Não teríamos a menor condição de comprar gás, pagar por ele e ainda investir em infraestrutura”.
Por fim, o governador pontuou que a iniciativa marca o início de um novo ciclo de industrialização em Mato Grosso, com matriz energética mais econômica e sustentável, capaz de atrair novos negócios para o Estado.
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