O presidente do PSDB em Mato Grosso e deputado estadual, Carlos Avallone, afirmou ao HNT TV Entrevista - podcast do Hipernotícias - que um desacerto com o Podemos fez a nacional recuar da fusão com a sigla. O PSDB abriu diálogo com o Republicanos e o MDB para consolidar federação com um dos partidos. Avallone disse que a federação é uma "questão de sobrevivência" ao partido que é pressionado pela cláusula de barreira.
O deputado explicou que a decisão de não fechar aliança com o Podemos foi pela imposição da presidente Renata Abreu em comandar a executiva pelos primeiros cinco ou quatro anos. O "combinado" de início, segundo Avallone, foi o de fazer um rodízio a cada seis meses ou, no mínimo, anual.
Imposição do Podemos em comandar executiva por cinco anos fez PSDB recuar
Com a negociação avançada, a cúpula do PSDB se reuniu em convenção nacional para debater o futuro do partido que aprovou a fusão com uma ressalva: a união só seria consolidada em 2026 ao vencer o prazo da federação com o Cidadania.
"Mas na hora de fazer o 'ajuste fino', as 'letrinhas miúdas' que passa por quem iria comandar nos primeiro anos, houve imposição do Podemos em querer dominar os primeiros cinco, quatro anos e o PSDB não aceitou. E estamos nesse momento", falou Carlos Avallone.
QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA
A cláusula de barreira foi estabelecida na minirreforma eleitoral em 2017 e a cada eleição nacional ameaça partidos com poucos deputados federais. As siglas devem eleger, pelo menos, 13 parlamentares, 2,5% votos válidos à Câmara ou 1,5% nos estados em nove estados para não ter suspenso o direito de utilizar o fundo eleitoral, tempo de TV e rádio durante a campanha.
Camila Ribeiro/HNT

O diretor de Jornalismo no HNT, Kleber Lima, e o deputado estadual Carlos Avallone
O PSDB está entre os 11 partidos nessa condição. Por isso, precisam escolher um parceiro. Com a antecipação das discussões para a próxima majoritária, o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, acelera uma resolução. Avallone acompanha o movimento dos tucanos em Brasília e aponta que a sigla "não ficará sozinha" pois a fusão é uma "questão de sobreviênvia" política aos tucanos.
"O PSDB viveu uma frustração grande porque não lançamos candidato a presidente e isso causou uma diminuição do partido. O Podemos também estava no limite da cláusula. Então, a união dos dois é uma necessidade de sobrevivência. Pra mim, que sou PSDB, desse nascedouro que tem tanta história, é triste, mas esses erros custaram caro ao partido", lamentou Avallone.
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