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Política Quarta-feira, 17 de Maio de 2017, 07:45 - A | A

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Quarta-feira, 17 de Maio de 2017, 07h:45 - A | A

SAIBA O COMEÇO DA ARAPONGAGEM

Grampos ilegais começaram em 2014 para investigar policiais corruptos de Cáceres

RENAN MARCEL

Um grupo de policiais militares, do município de Cáceres, era o alvo principal das investigações que originaram o escândalo das escutas ilegais em Mato Grosso. Eles estariam envolvidos com tráfico de drogas na região da fronteira, repassando informações aos criminosos. Além disso, são suspeitos de outros crimes, como cobrança de propina, receptação, assaltos e até agenciamento de homicídios.

 

Mayke Toscano/Hipernoticias

comando geral/qcg

Grampos teriam sido autorizados para investigar policiais, mas outros números foram incluídos, como de deputada e jornalista

Conforme a primeira decisão do juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, na época da Primeira Vara Criminal de Cáceres, o Ministério Público do Estado (MPE) acusou o tenente-coronel da Polícia Militar Alberto Gonçalves de Paula de “orquestrar o tráfico de entorpecentes”.

 

Os crimes tiveram a participação de policiais militares do 22º Batalhão, inclusive quando eles estavam em função. Um dos principais suspeitos na época era o sargento Timóteo Lucena Pessoa, que teria contatos também com criminosos de Sinop. Outro nome investigado foi Joelson Leonel da Silva, então cabo da PM.

 

Em 03 de outubro de 2014, o magistrado autorizou as escutas e determinou que o policial Gerson Luiz Ferreira Correa tivesse acesso às conversas interceptadas, em tempo real, pelo período de 15 dias.

 

Naquela lista de telefones, havia 18 números para serem monitorados. Um deles era do jornalista José Marcondes Muvuca, identificado pelo apelido de “Mumu”, que disputou o governo no primeiro turno das eleições daquele ano, em 5 de outubro. Outro pertencia a Tatiana Sangalli Padilha, ex-amante do ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques.

 

Dez meses depois, em 12 de agosto de 2015, o juiz autorizou nova quebra de sigilo e interceptação telefônica, além de prorrogar as anteriores. Isso porque o relatório encaminhado por Gerson revelou que havia “uma verdadeira organização criminosa, composta em sua maioria por policiais militares, os quais estariam controlando o comércio de entorpecentes na região fronteiriça com a Bolívia”.

 

 

 

Reprodução/HiperNoticias

juiz jorge alexandre

A decisão para quebra de escutas telefônicas foi assinada pelo magistrado Jorge Alexandre Ferreira

Foi a partir daí que entraram na lista de grampeados os números de telefone da deputada estadual Janaína Riva (PMDB) e do desembargador aposentado José Ferreira Leite, além de servidores públicos, médicos, professores e jornalistas. Muvuca e Tatiana também continuaram grampeados. Todas as pessoas eram tratadas por apelidos no monitoramento.

 

Outro policial incluído na lista de interceptação foi o “Sargento Clemilson”, tido como “pupilo” do tenente-coronel Alberto Gonçalves de Paula. Ele era responsável pela segurança da fazenda Grendene, local onde os traficantes estariam armazenando “quantidades consideráveis de entorpecentes”.

 

 

Ainda nesta segunda decisão, o magistrado também ampliou o número de policiais com permissão a ter acesso às gravações. Além de Gerson, Clayton Dorileo Rosa de Barros e Andrea Pereira de Moura Cardoso puderam receber os dados por 15 dias.

 

Outro Lado

 

A reportagem do HiperNotícias entrou em contato com alguns envolvidos e apenas o coronel Adalberto Gonçalves de Paula atendeu as ligações e disse que está tranquilo quanto as investigações, já que nunca teve envolvimento com tráfico algum e sempre trabalhou na legalidade. O Militiar comentou ainda que passou por diversos anos durante seus 27 anos na PM e disse que jamais se envolveu com qualquer tipo de crime. Além disso, se mostra tranquilo para a conclusão do caso e acompanha tudo ao lado de seu advogado. "Me grampearam, mas nunca me notificaram", disse o coronel.  

 

 

Denúncia

 

A denúncia dos grampos ilegais foi oficializada à Procuradoria Geral da República (PRG) pelo promotor de justiça Mauro Zaque, em janeiro deste ano. Exatamente um ano e um mês após ter pedido demissão do cargo de secretário de Segurança Pública do Estado (Sesp).

 

Zaque alega que pediu exoneração do cargo após informar o governador do caso e ter exigido a exoneração do ex-secretário Paulo Taques, do comandante geral da Policia Militar de Mato Grosso, coronel Zaqueu Barbosa e de outros policiais e o governador não ter aceitado.

 

Já Pedro Taques nega que tenha tido conhecimento dos fatos e determinou ao secretário de Segurança Pública (Sesp), Rogers Jarbas, que investigue os fatos. Jarbas já solicitou o fim do termo de cooperação entre a Sesp e o Gaeco na utilização do sistema “guardião”, responsável pelas escutas telefônicas.

 

Taques também decidiu realizar uma representação contra Mauro Zaque na Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) e no Conselho Nacional dos Ministérios Públicos (CNMP), por denúncia caluniosa, prevaricação e fraude em documentos públicos.

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