O governador Pedro Taques (PSDB) afirma que o vazamento de informações sigilosas por parte da Polícia Militar é considero "falha grave". Esta é a primeira vez que o chefe do Executivo comenta a situação que levou à prisão o Alexandre Correa Mendes, ex-corregedor geral da Polícia Militar e o tenente coronel Victor Paulo Fortes Pereira, ex-diretor de Inteligência da corporação. Porém, na noite de segunda-feira (26) o juiz substituto da Vara Criminal Especializada de Justiça Militar de Cuiabá, Bruno de Oliveira Marques, acabou liberando os dois coronéis das prisões administrativas.
O pedido de liberdade dos oficiais foi formulado pelo advogado Hélio Nishiyama. O advogado destacou a falta de provas para a qualificação da prisão, e ressaltou que ambos os coronéis somente poderiam permanecer presos se houvesse uma decisão judicial.
Os dois oficiais teriam ido até ao Palácio Paiaguás anunciar que uma operação estava em curso para prender o secretário da Casa Civil, Evandro Lesco e o coronel Benedito Siqueira Júnior, titular da pasta de Justiça e Direitos Humanos.
Após saber que a informação da operação teria vazado, o governador encaminhou ofício ao presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), desembargador Rui Ramos, cobrando que fossem tomadas providências, em razão da antecipação das prisões decretadas por Perri.
Ele mencionou que os militares cometeram falha grave. “Vieram aqui, ao que consta, cometeram crimes, e eu não poderia fazer de outra forma, a não ser denunciar ao presidente do Tribunal de Justiça. Crime grave. Revelar segredo judicial, ao menos para mim, é um crime grave. A não ser que o Poder Judiciário entenda que não seja”, declarou.
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