O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou que parte dos 17 vereadores que votaram pela abertura de Comissão Processante na Câmara está retornando à base do governo no Legislativo. Segundo Emanuel, Wilson Kero Kero (PMB) e Lilo Pinheiro (PP) foram os dois nomes que já sinalizaram essa reaproximação. A fala de Emanuel vai na contramão do comportamento dos vereadores. Kero Kero é presidente da comissão que investiga denúncias contra o prefeito e pede sua cassação e tem feito críticas recorrentes ao prefeito no plenário. Lilo deixou o PDT para se filiar ao PP e já indicou seu apoio ao pré-candidato à prefeitura Eduardo Botelho (União Brasil).
"Alguns vereadores que votaram pela abertura da comissão já anunciaram que estão na base. O Lilo Pinheiro é um exemplo, anunciou. O próprio Kero Kero anunciou que não saiu da base. A minha relação com a Câmara é muito republicana, é muito institucional. Eu não fico martelando cabeça de vereador, pressionando. Por isso, a base está tranquila e a maioria deles já estão (sic) anunciando que estão na base. Foi uma questão pontual e cabe a mim respeitar", disse Emanuel Pinheiro nesta segunda-feira (15) à Rádio CBN Cuiabá.
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Os vereadores da base começaram a fazer um esforço maior para "descolar" sua imagem do prefeito em janeiro de 2024, ano de eleições municipais. Conforme noticiado pelo HNT, os parlamentares não acompanharam solenidades robustas para fortalecer Emanuel politicamente. Um exemplo disso foi a cerimônia de posse dos 485 novos servidores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que contou apenas com o ex-vice líder do governo, Luís Cláudio (MDB), e os colegas Sargento Vidal (MDB) e Cezinha Nascimento (União Brasil). Os três, inclusive, votaram contra a abertura da Comissão Processante e o UB chegou a iniciar discussão para avaliar se Cezinha poderia ser expulso da sigla por infidelidade partidária.
Emanuel disse que o cenário no Legislativo o decepciona. Ele também criticou a sustentação da denúncia contra ele na Câmara após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogar a decisão do Tribunal de Justiça (TJMT) que implicou em seu afastamento.
"Dizer que não me decepcionei estaria faltando com a verdade. Claro que me decepcionei. É uma denúncia totalmente frágil, injusta. Achei tão vazia, tão vazia que, depois de três dias, caiu em Brasília. No Direito, isso se chama perder o objeto, porque na instância superior revogou-se todas as medidas. Perde o objeto, vai para o arquivo. Mas, aqui, foi diferente", disparou Pinheiro.
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