O ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Silvio Cezar Araújo, disse em sua delação premiada, que resolveu gravar os deputados estaduais recebendo dinheiro de propina por conta da pressão política exercida pelos parlamentares. Segundo ele, os deputados condicionavam a aprovação de qualquer matéria de interesse do governo ao pagamento do chamado “mensalinho”.
Alan Cosme/HiperNotícias
Silvio Cesar Correa, ex-chefe de gabinete de Silval
A informação está na delação firmada por Silvio Cezar junto ao Ministério Público Federal (MPF). O acordo foi homologado pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), e os vídeos ganharam as manchetes nacionais desde a semana passada.
“O declarante decidiu gravar a entrega da propina em razão da pressão exercida pelos deputados estaduais no declarante e em Silval Barbosa; a pressão a que se refere o declarante é a pressão política da ALMT, que, por exemplo, não votava os projetos ou mensagens do governo, enquanto não recebesse a parcela de R$ 50.000,00”, diz trecho da delação.
Conforme o documento, os deputados recebiam esse valor oriundo de propina de empresa contratadas para o programa MT Integrado. No total, cada parlamentar teria recebido R$ 600 mil. Além disso, o ex-governador Silval Barbosa disse, em sua delação, que pagava outra quantia a título de mensalinho, dessa vez por meio da suplementação dos recursos da Assembleia Legislativa.
Nos vídeos gravados por Silvio Cezar aparecem recebendo dinheiro Luciane Bezerra (PSB), Hermínio Barreto (PR), José Domingos Fraga (PSD), Antonio Azambuja (PP), Airton Portugues (PSD), Ezequiel Fonseca (PP), Emanuel Pinheiro (PMDB), Luiz Marinho (PTB) e Alexandre César (PT). Gilmar Fabris (PSD) e Baiano Filho (PSDB) também foram filmados no gabinete de Silvio, no entanto, não há imagens deles recebendo propina.
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