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Polícia Quarta-feira, 15 de Fevereiro de 2017, 10:30 - A | A

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Quarta-feira, 15 de Fevereiro de 2017, 10h:30 - A | A

CASO RODRIGO CLARO

Relatório sugere que tenente seja absolvida de acusação de homicídio contra aluno soldado

JESSICA BACHEGA

O Inquérito Policial Militar (IPM), instaurado pelo Corpo de Bombeiros para apurar possíveis atos de tortura feitos pela tenente Izadora Ledur contra o aluno soldado Rodrigo Patrício Claro, sugere que a militar seja isenta das acusações de ter cometido homicídio ou tentativa de homicídio contra o jovem. O relatório está na Corregedoria do Corpo de Bombeiros que irá ponderar sobre os fatos que serão julgados pela Justiça Militar.

 

As investigações foram necessárias para apurar os atos cometidos durante treinamento de salvamento aquático realizado em novembro de 2016 na Lagoa Trevizan. A família de Rodrigo insiste que ele teria passado mal após uma sessão de afogamento provocado pela oficial que causou aneurisma o levando a morte alguns dias depois. 

 

Reprodução/HiperNoticias

tenente isadora ledur

 Tenente Izadora Ledur

O relatório, que foi obtido com exclusividade pelo HiperNotícias, é desenvolvido pelo coronel Alessandro Borges Ferreira e foi encaminhado para a Corregedoria Geral do Corpo de Bombeiros. No documento é apontado que apesar de não haver relação entre a postura da oficial com a morte do soldado, há indícios de crime militar contra o dever funcional e contra o soldado morto. 

 

Além da Tenente Ledur são citados no inquérito o tenente coronel Marcelo Augusto Reveles e o tenente coronel Licínio Ramalho Tavares. Todos faziam parte da coordenação do curso de formação de bombeiros que teve formatura no mês de dezembro passado.

 

De acordo com o documento, o tenente coronel Tavares foi negligente com a segurança no dia do treinamento, não disponibilizando equipamentos e viaturas adequadas. Também não exigiu o fiel o cumprimento da ementa disciplinas.

 

Já o tenente coronel Reveles, também não exigiu o fiel cumprimento da ementa disciplinar, não garantiu ao itens de segurança adequados e permitiu que o aluno fosse até a coordenadoria com veículos próprio, mesmo sabendo nas condições do aluno.

 

O relatório aponta que a tenente Ledur, comandante e instrutora do treinamento de salvamento aquático, não cumpriu os objetivos no treinamento, foi negligente com a segurança ao liberar o aluno para se deslocar por meios próprios até a coordenação mesmo ciente do mal estar de Rodrigo Claro. O relatório aponta ainda que ela agiu com imprudência ao exigir do aluno habilidades e técnicas que não faziam parte da ementa do curso.

 

Depoimentos

Reprodução

Rodrigo Claro

Rodrigo Claro morreu em novembro do ano passado em decorrência de aneurisma

O relatório do inquérito policial levou em conta o depoimento dos alunos e presentes no dia do treinamento aquático. A investigação teve início no dia 18 de novembro de 2016. Três dias após a morte de Rodrigo. 

 

De acordo com o relatório, o treinamento estava previsto para ocorrer durante toda a tarde do dia 10 de novembro. No entanto, o soldado Rodrigo Claro alegou que estava muito cansado e com dores de cabeça e pediu dispensa após boa parte do treinamento. Ele foi liberado e seguiu para a coordenação do curso, para onde seguiu sozinho. 

 

Ele foi levado para a policlínica do Verdão pelo tenente coronel Licínio. Ele apresentava vômitos e convulsões. De lá foi encaminhado para o Hospital Jardim Cuiabá. Onde permaneceu internado até a noite do dia 15, quando morreu. 

 

De acordo com o depoimento dos demais alunos do curso, "a tenente Ledur era abusiva com os alunos e cometia excessos. Ela perseguia os alunos e principalmente o soldado Rodrigo, pois este apresentava dificuldade nos treinamentos na água", diz trecho dos depoimentos.

 

Narra o relatório que o treinamento de salvamento era realizado em duplas, de modo a unir alunos com mais habilidade com outros que apresentavam dificuldade em trabalhos na água. O nado Crawl é o adotado no treinamento. 

Reprodução

relatorio rodrigo claro

 

 

A parceira de Rodrigo no treinamento, R.D.L., relatou que no dia do treinamento a tenente afirmou que “iria pegar o aluno na lagoa” e que durante todo o percurso, de mais de 500 metros, tentava afoga-lo jogando água em seu rosto e o afundando na lagoa.

 

A testemunha relata que em determinado ponto, a tenente submergiu a cabeça do soldado por várias vezes. O soldado M.S.S, também fez dupla com Claro e contou que a certa altura do percurso a tenente agarrou o soldado Claro pela cintura. A testemunha disse que ainda tentou nadar arrastando os dois e que durante a tentativa a tenente subiu em cima do soldado tentando afundá-lo.

 

Outras testemunhas contaram fatos semelhantes e que ao chegar á margem na lagoa, Claro estava com os lábios roxos, reclamando de fortes dores de cabeça e vomitando muita água.

Reprodução

relatorio rodrigo claro

 

 

Exame de necropsia.

O laudo do exame apontou que o soldado morreu em decorrência de sangramento cerebral de causa natural. “Assim, pelas provas colhidas nos exames periciais, não foi possível comprovar nexo causal entre a conduta da tenente Izadora Ledur e o resultado da morte de do aluno Rodrigo Claro”, diz trecho do relatório.

 

Inquérito civil

O caso é investigado pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), a delegada Juliana Palhares, responsável pela apuração, informou ao Hipernotícias de que o inquérito deve ser concluído ainda antes do carnaval. "Estamos apenas aguardando o depoimento da tenente Izadora Ledur para encerrar o inquérito. Acredito que ainda antes do carnaval ele seja encerrado", informou.

 

O corpo de bombeiros esclareceu, por meio de nota,  que o inquérito policial ainda não foi concluído e que aguarda análise da corregedoria. 

 

Confira nota na íntegra:

O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso esclarece que ainda não foi concluído o Inquérito Policial Militar (IPM) que apura as circunstâncias do falecimento do aluno Rodrigo Claro, do 16º Curso de Formação de Soldados do Corpo de Bombeiros Militar. 

 

O inquérito está na Corregedoria da corporação, que ainda vai realizar a análise da apuração para decidir pela homologação (concordância com o relatório apresentado no inquérito) ou avocação (discordância ou apresentação de outra solução da apontada no relatório). Apenas após esse procedimento é que o inquérito vai à conclusão.

 

O Corpo de Bombeiros Militar ressalta que investiga os fatos reunindo indícios de autoria e materialidade. A competência de impetrar denúncia é do Ministério Público. O Corpo de Bombeiros esclarece ainda que aquilo que for apurado no Inquérito Militar serve de subsídio para a Promotoria Militar oferecer ou não denúncia.

 

Atualizada às 17h29

 

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mario 15/02/2017

hahahaha poderia esperar o que? que a Tenente fosse culpada seria achar que galinha criaria dente, puro corporativismo jamais um oficial iria condenar outro oficial, ou seja fizeram um circo onde o povo e familia foram os palhaços , pouca vergonha essa investigação alias não sei nem para que perderam tempo com essa investigação esses inuteis. Me sinto enojado com isso.

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1 comentários

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