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Cidades Quinta-feira, 05 de Janeiro de 2017, 07:55 - A | A

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Quinta-feira, 05 de Janeiro de 2017, 07h:55 - A | A

ANGÚSTIA

Mãe espera há 50 dias laudo do IML; aparelho não funciona desde agosto

MAX AGUIAR

Quase 50 dias após a morte do aluno soldado do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso a família de Rodrigo Claro ainda não teve acesso ao documento que comprava o motivo que levou o jovem de 21 anos ao falecimento. Segundo a mãe de Rodrigo, Jane Patrícia Lima Claro, o Estado alega  que a máquina que faz a assinatura digital do documento não está em funcionamento desde agosto do ano passado. 

 

Arquivo Pessoal

aluno rodrigo claro

Rodrigo Claro morreu em 15 de novembro após treinamento aquático

Segundo Jane, a via sacra é angustiante, pois apenas com o laudo do médico legista o Inquérito Policial Militar (IPM) terá andamento. "Sabemos que todos os envolvidos já foram ouvidos pelo Corpo de Bombeiros e agora eles aguardam o laudo. Para nós da família o motivo da morte de meu filho ocorreu por causa de um afogamento causado durante os treinamentos. Porém, para que alguém possa ser punido o Estado precisa liberar esse documento que precisa dessa assinatura digital. Mas a máquina que faz esse tipo de trabalho está sem funcionar desde agosto", comentou a mãe de Rodrigo. 

 

Rodrigo Claro morreu no dia 15 de novembro. Ele passou mal após participar de um treinamento aquático do Corpo de Bombeiros na Lagoa Trevisan. Segundo testemunhas, ele foi submetido a sessões de afogamentos conduzidas por oficiais que ministravam o curso, neste dia, sob a coordenação da tnente Isadora Ledur, que era a responsável pelo trabalho na água. 

 

O jovem de 21 anos se formaria no dia 1º de dezembro, junto com o pai que é sargento dos Bombeiros e estava fazendo curso para oficial. Porém, o sonho foi interrompido durante o treinamento de salvamento. Ao HiperNotícias, Jane Claro explicou que o filho relatou por WhatsAppm que estava sofrendo perseguições de uma tenente que atende pelo nome de guerra de Ladur e que na última conversa ele informou que não havia conseguido. 

 

Alan Cosme/HiperNoticias

jani clara

Jane Claro afirma que laudo está pronto, mas o Estado não entrega por falta de aparelho

"Pronto. Tudo de ruim que tinha que acontecer, aconteceu. Meu filho morreu, a turma dele confirmou pra mim que ele sofreu perseguições em treinamentos, mas o Estado não nos ajuda em liberar esse laudo junto ao IML. O documento está pronto, mas a Secretária de Segurança Pública avisou que ainda não tem prazo para entregar esse documento. Poxa, até quando vamos ter que sofrer com isso?", indaga a mãe de Rodrigo. 

 

Jane ainda frisa que irá em breve mudar de Tangará da Serra, onde reside atualmente, para mudar para a cidade de Sinop (distante 503km de Cuiabá). "Depois que o Rodrigo morreu meus pais entraram em depressão. Meus familiares todos moram lá e meu filho está enterrado lá. Quero poder tocar minha vida ao lado dos meus que me restam, pois pedaço de mim já está enterrado", comentou.

 

Outro lado

 

Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso se pronunciou sobre o aparelho para assinatura digital. Leia nota na íntegra. 

 

A Secretaria de Estado de Segurança Pública já realizou o pregão para a empresa que vai fornecer token – hardware que gera e armazena assinatura digital – no mês passado e no dia 29 de dezembro empresa vencedora assinou contrato. A empresa vai iniciar o cadastro da assinatura dos peritos a partir do dia 9 de janeiro.

 

Os laudos do IML são encaminhados apenas para a polícia, portanto, não são destinados aos familiares. Estes tem acesso apenas com o aval da autoridade policial, no caso, o delegado de polícia.

 

O conteúdo do laudo do Instituto Médico Legal (IML) já foi repassado para a delegada Juliana Chiquito Palhares que investiga a morte do bombeiro Rodrigo Claro, 21 anos, mesmo sem a assinatura digital do perito. As investigações sobre o caso não foram prejudicadas e a delegada inclusive já informou à família de que a causa da morte foi hemorragia cerebral.

 

A delegada tem a previsão de finalizar o inquérito no dia 10 de fevereiro e no início do próximo mês vai ouvir a tenente Izadora Ledur de Souza.  

 

 

O caso

 

O jovem Rodrigo Claro começou a passar mal durante o curso de salvamento em mergulho, no dia 10 de novembro.

 

Ele foi retirado do campo do curso e seguiu sozinhopara o Batalhão, localizado no bairro Verdão, reclamando de fortes dores na cabeça. Primeiramente foi levado à policlínica.

 

Na unidade médica, não apresentou melhoras e precisou ser encaminhado para o hospital particular. Desde então, estava internado em coma induzido.

 

Ele morreu na noite de terça-feira (15) na UTI do Hospital Jardim Cuiabá. 

 

 

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