A Justiça determinou a quebra dos sigilos telefônico, telemático, bancário e fiscal de advogados e servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) investigados por desviar R$ 21 milhões dos cofres do Judiciário mato-grossense. Os golpistas foram alvo da Operação Sepulcro Caiado, deflagrada pela Polícia Civil, nesta quarta-feira (30).
Segundo as investigações, o grupo atuou entre os anos de 2019 e 2022. Liderado pelo ex-secretário de Habitação e Regularização Fundiária de Cuiabá, na gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), João Gustavo Ricci Volpato, os criminosos abriam processos judiciais falsos por meio de advogados que atuavam sem autorização dos supostos devedores.
O servidor público do TJMT, Mauro Ferreira Filho, também integrante da organização criminosa, era o responsável por inserir falsificados no sistema judicial, criando a aparência de regularidade nas quitações.
Esses documentos falsos simulavam o pagamento das dívidas, o que permitia que valores milionários fossem liberados em nome dos golpistas — em especial ligados a João Gustavo Ricci Volpato e seus familiares. Os valores eram retirados da Conta Única do Judiciário e transferido para contas de membros da ‘orcrim’.
Além da quebra de sigilo, também foi determinado o sequestro de bens e imóveis no valor de R$ 21 milhões. Até o momento, foram sequestrados 48 imóveis e 16 carros, bem como valores em espécie, joias e ouro. O total apreendido ainda não foi contabilizado.
A Justiça ainda intimou as empresas de tecnologia Google, Microsoft e Apple a fornecer dados em nuvem, conteúdo de e-mails, registro de ligações e todos os serviços prestados pelos aplicativos do Google.
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