A Justiça acatou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra o idoso Adônis José Negri, 61, que passa a ser réu em ação que apura morte de um menino de 2 anos, que consumiu achocolatado envenenado.
A ação tramita na 14ª Vara Criminal e está sob a responsabilidade do juiz Jurandir Florêncio de Castilho. A decisão em que o magistrado aceita a denúncia oferecida pelo MPE é do dia 11 de maio.
“Diante da existência de indícios satisfatórios da autoria e materialidade da prática do delito, que estratificam a existência de justa causa para a acusação contidos no presente Inquérito Policial, e diante da tipicidade em tese, dos fatos narrados, recebo a denúncia oferecida pelo Ministério Público, dando ao acusado Adônis José Negri como incurso nos artigos nela mencionado”, diz trecho da decisão que aceitou a denúncia do MP.
O acusado deve encaminhar resposta às acusações nos próximos dias.
O crime ocorreu no dia 25 de agosto. O achocolatado foi consumido pela criança e por outro adulto, que também passou mal. Ambos foram encaminhados para atendimento médico. Porém, o menino morreu cerca de uma hora após consumir da bebida da marca Itambé.
A mãe da vítima contou aos policiais, na época do fato, que era cedo e o menino pediu algo para comer. A mulher então deu a ele a bebida. Minutos após ingerir o líquido, o menino teria apresentado falta de ar, ficando com o “corpo mole e com princípio de desmaio”.
Após a morte do menino, foram apreendidas cinco caixas do achocolatado da marca Itambezinho, sendo três fechadas e duas abertas - uma vazia, por ser a ingerida pela vítima. A mãe declarou que ganhou as cinco caixinhas de um vizinho.
Após investigação, a polícia chegou até os suspeitos Adônis José Negri e Deuel de Resende Rodrigues, 27 anos. Ambos são vizinhos da família da criança, no bairro Parque Cuiabá.
O idoso contou que teria envenenado a bebida com raticida, a fim de matar Deuel, pois este frequentemente invadia a casa de Adônis e furtava seus pertences. Ele injetou o veneno nas bebidas com uma seringa e “esperou” que o desafeto furtasse o produto. No entanto, o rapaz vendeu a embalagem com cinco achocolatados ao pai da criança.
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