A ex-esposa e os filhos do empresário Rivelino Brunini, executado em 2002, movem ação contra o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, que atualmente está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE). Os familiares cobram do detento a indenização de R$ 7 milhões, referente a pensão alimentícias que deveria ser recebida desde 1999 e que está em atraso desde a morte do empresário.
Thiago Ferreira
Arcanjo em uma das audiências na Justiça Federal
A ação tramita na Nona Vara Civel de Cuiabá, sob a responsabilidade do juiz Gilberto Lopes Bussiki. Angela Brunini, ex-esposa de Brunini, argumenta que seus dois filhos têm direito de receber oito salários mínimos desde 1999. O apontamento é comprovado por meio de decisão judicial e o valor está em atraso desde a morte do empresário, em 2002.
A pensão é cobrada de Arcanjo porque ele foi o mandante do assassinato de Brunini e do empresário Jacques Rachid Jaud. O crime rendeu condenação de 44 anos ao ex-bicheiro em julgamento realizado em 2005.
A mulher relata que Arcanjo foi responsável pela falta de pensão dos filhos e, por isso, deve arcar com as despesas desde o pagamento da última pensão até a data em que o filho mais velho, Raphael Alves Brunini, completou 25 anos, dezembro de 2016. Deve pagar também o valor até que o caçula, Mychael Johny Alves Brunini, complete 25 anos, em 23 de junho de 2020.
“Considerando a data do homicídio ocorrido em 05 de junho de 2002 até a data atual temos um valor vencido de R$ 2.719.500,83”, diz a ação.
Angela também requer para si o pagamento de pesão correspondente a data em que seu marido viria a falecer considerando a expectativa de vida do brasileiro que é 75 anos. O montante do pedido somaria R$ 2,94 milhões.
A ex-esposa do empresário também pede que Arcanjo pague pensão de oito salários mínimos todo mês até o filho mais novo completar 25 anos.
A ação tramita desde outubro do ano passado e o juiz deferiu o pedido para o pagamento da pensão mensal. Porém nenhum valor foi pago até então.
No dia 9 desde mês, a defesa do ex-bicheiro requereu a suspensão da ação e o juiz determinou a manifestação da família.
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