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Justiça Sexta-feira, 28 de Julho de 2017, 16:18 - A | A

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Sexta-feira, 28 de Julho de 2017, 16h:18 - A | A

EM DEPOIMENTO

Ex-secretário desmente depoimentos e acusa deputados de receberem propina

CAMILLA ZENI/JESSICA BACHEGA

A juíza titular da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, ouve nesta sexta-feira (28) o ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso Marcel de Cursi, investigado pela Delegacia Fazendária (Defaz). Este é o primeiro depoimento do ex-secretário após deixar o Centro de Custódia da Capital (CCC), onde permaneceu preso por um ano e dez meses. Ele é réu na Operação Sodoma e deve prestar depoimento sobre sua participação no esquema de lavagem de dinheiro no estado.

 

Alan Cosme/HiperNotícias

marcel de cursi

 

O ex-secretário presta esclarecimento sobre a fase 4 da Operação Sodoma, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que investiga um esquema ilícito em na tramitação de uma desapropriação de uma área próxima ao bairro Osmar Cabral, conhecida como Jardim Liberdade. Conforme a investigação, a movimentação custou R$31 milhões, dos quais R$15 milhões teriam retornado para o grupo criminoso da qual Marcel de Cursi faria parte.

 

Acompanhe a audiência:

 

16:14 - Tem início o depoimento do ex-secretário.

 

16:16 - Cursi relata à juíza que está em tratamento de saúde. Ele afirma que as denúncias contra ele são falsas. "Não tenho participação nesses fatos. É até difícil falar de algo que você desconhece", diz.

 

16:17 - Ele afirma que não conhece e não interferiu no processo para pagamento da indenização pela desapropriação. "Dizem que a secretaria de Fazenda efetuou o pagamento. Mas a Sefaz não paga. Ela arrecada e destribui recursos".

 

16:18 - "Esse dinheiro que o Nadaf pagou para mim, na verdade foi para a deputada Luciane Bezerra", afirma, referindo-se aos R$ 700 mil da propina que teria recebido. 

 

16:22 - Ele passa a explicar de forma técnica o processo de desapropriação e pagamento da área. "Nunca me reuni com nenhuma das pessoas citadas na ação para tratar desse pagamento", afirma.

 

16:25 - Ele afirma que solicitou um parecer sobre o pagamento, pois desconfiou de irregularidades. Havia uma discordância na forma de registro do valor pago pela desapropriação, segundo ele. "Houve desconforto entre algumas pessoas e essas pessoas. Para protegerem alguém com prerrogativa de foro, jogaram a culpa em mim. Vamos culpar quem causou esse desconforto", manifesta. "É muito fácil pegar um servidor de carreira, que dizia não para todo mundo, e botar ele num caldeirão.  Estou sendo penalizado por algo que não fiz", declara o réu.

 

16:30 - O réu cita pagamentos para os deputados Wagner Ramos (PSD), Romoaldo Júnior (PMDB), Mauro Savi (PSB) e Guilherme Maluf (PSDB), presentes no relatório elaborado como beneficiados pelo valor da desapropriação.  "Esses nomes não aparecem. A denúncia não fecha", afirma.

 

16:34 - Marcel de Cursi faz os cálculos dos valores pagos aos membros da organização e afirma que os valores não batem, se comparado com o relatório investigativo por ele elaborado. "Não tem como acomodar isso. A não ser que use uma marreta e nisso me colocaram ali".

 

Alan Cosme/HiperNotícias

marcel de cursi

 

16:38 - O réu soma todos os valores que teriam sido pagos aos membros da organização e chega a um valor superior a R$ 17 milhões, desviados pelo grupo criminoso, valor superior ao que consta na denúncia e declarado pelos demais réus. Segundo eles, só a SF Assessoria movimentou cerca de R$ 11 milhões.

 

16:42 - "Eu sei que os números não fecham. A única forma de acomodar essas pessoas dentro da denúncia é fazendo escolha e não sei como estou aí e outras pessoas estão de fora", destaca Cursi. Ele critica a condução das investigações pelas autoridades de segurança. "Não estou desmerecendo o trabalho de ninguém, só quero exercer minha defesa e essa é uma conclusão minha", pondera. "Eu fui inserido nessa situação".

 

16:43 - Ele afirma que não conhece Antonio Carvalho e nunca se reuniu com ele. "A gente não esquece quem nos faz mal. Se eu causei tanto prejuízo a esse senhor, se destruí o patrimônio dele, como ele não lembra de mim e não sabe meu nome?", observa o ex-secretário. 

 

16:45 - Cursi desmente o ex-presidente da Metamat, João Justino Paes de Barros, que afirmou que comprou ouro para Cursi. "Nunca compre nada".

 

16:49 - O ex-secretário ressalta diversas divergências no depoimento dos demais réus. "Existem fatos que ainda não foram relevados, que têm relação com essas pessoas com prerrogativa de foro. É o que eu acredito".

 

16:50 - Cursi explica que nunca definiu quantidade de parcelas para pagar a indenização a Antonio Carvalho. "Existe um sistema e é um ordenamento. Não é o secretário quem define".

 

17:00 - O réu conta que já foi afastado do cargo por determinação da promotora de Justiça Ana Luíza Ávila Peterlini Souza, por ter descumprindo um decreto. Ressalta ainda que houve combinação entre réus presos na mesma cela, para que contassem a mesma história. "Não tenho um centavo do Jardim Liberdade", assevera.

 

17:03 - Ele cita a delação do dono da JBS, Joesley Batista, que, ao ser questionado sobre a propina paga em Mato Grosso e indagado sobre Cursi, negou a participação do ex-secretário. "Aí veio a doutora Ana e me arrebentou. Tomou tudo o que eu tinha, 31 anos da minha vida. E eu estou aqui agora. Um homem que comprou metade do país demorou cinco anos para dizer que eu era inocente. E vejo meu nome em todo lugar como corrupto. Sei que tem muita gente aqui com prerrogativa de foro, inclusive nos tribunais superiores".

 

17:04 - O Ministério Público não faz perguntas, nem os advogados.

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Adalberto Ferreira da Silva 28/07/2017

É muito estranho que os réus, agora depois de soltos, neguem todas as acusações, e a justiça não determine que voltem às prisões, como deveria ocorrer, haja vista que não querem colaborar com a elucidação dos crimes que praticaram. Eu estava começando a acreditar na justiça de MT, mas pelo que vejo vou ter que mudar de ideia.

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